quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Em greve há oito dias, bancários cobram ação dos empregadores

Marcelo Rehder

Sem avanço nas negociações salariais, a greve dos bancários completou ontem oito dias de paralisações em bancos públicos e privados em todo o Brasil. De acordo com a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), 8.328 agências ficaram fechadas ontem, 42% das cerca de 19,8 mil existentes no País.

Reunido em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários divulgou nota em que repudia o que chamou de "silêncio dos bancos". Os sindicalistas criticam a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) por não retomar as negociações para apresentar nova proposta aos trabalhadores capaz de pôr fim à greve nacional da categoria.

No texto, os sindicalistas afirmam que "os bancos estão agindo de forma irresponsável ao permanecerem em silêncio e ignorarem a disposição dos bancários para retomar o processo de negociações".

"Desde o início reafirmamos nossa disposição para o diálogo, que consideramos o melhor caminho para resolver o impasse", disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional

A greve começou no dia 27 de setembro, após assembleias da categoria rejeitarem a proposta de reajuste salarial de 8% apresentada pela Fenaban, A oferta dos bancos representa 0,56% de aumento real. Os bancários querem reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e mais contratações, entre outras reivindicações.

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO

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