quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Marcha anticorrupção toma hoje 18 estados

Manifestantes vão às ruas em defesa da Lei da Ficha Limpa e dos poderes do CNJ, e pedem o fim do voto secreto

Juliana Castro e Tatiana Farah

RIO e SÃO PAULO. Contra o voto secreto e a favor da Lei da Ficha Limpa. Essas são as principais bandeiras do movimento contra a corrupção que volta hoje às ruas do país. Com a adesão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mais um lema foi incorporado ao movimento: a defesa dos poderes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para fiscalizar e punir os magistrados. A expectativa é reunir 70 mil pessoas em Brasília, no Rio, em São Paulo e Salvador. No total, os protestos vão se estender por 25 cidades, em 18 estados.

No Rio, onde o ato está marcado para 13h, no posto 4, da Praia de Copacabana, 11 voluntários da ONG Rio de Paz estarão vestidos com togas, para pedir aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que não reduzam os poderes do Conselho, como quer a Associação de Magistrados Brasileiros (AMB) na ação a ser julgada nos próximos dias. Para o presidente da ONG, Antonio Carlos Costa, o Poder Judiciário é um dos que mais podem contribuir para acabar com a corrupção no país:

- O Judiciário pode dar liberdade para o CNJ julgar os juízes com má conduta. Além disso, também pode determinar a validade da Lei da Ficha Limpa para as eleições de 2012.

Assim como aconteceu no evento do dia 20 de setembro, quando 2,5 mil pessoas foram à Cinelândia, artistas devem subir ao carro de som para discursar. Um deles, Tico Santa Cruz, vocalista do Detonautas, gravou um vídeo para convocar os brasileiros a saírem de casa e manifestar repúdio à impunidade.

Em Brasília, o protesto começa às 10h, ao lado do Museu Nacional. Os jovens da Marcha Contra a Corrupção (MCC) distribuíram panfletos nas cidades-satélites e venderam três mil camisetas, a R$25 cada, para garantir a divulgação do protesto deste feriado de 12 de outubro e saldar as dívidas da marcha anterior, no Sete de Setembro, que reuniu cerca de 35 mil pessoas. Na cor preta, as camisetas trazem os dizeres "Brasil contra a corrupção" e a Bandeira Nacional.

- A primeira marcha (no Sete de Setembro) não teve foco, foi mais um grito da sociedade. Agora, vamos defender a Ficha Limpa e o corte do voto secreto. Também votamos e aprovamos a defesa do CNJ - afirma Daniela Kalil, uma das criadoras da MCC em Brasília.

FONTE: O GLOBO

Nenhum comentário:

Postar um comentário