Vivian Oswald
BRASÍLIA. Estudo inédito da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República mostra que, para reduzir a rotatividade no mercado de trabalho, o Brasil tem que investir na qualificação de quem já está empregado. São 22 milhões de trabalhadores que conseguem mudar de emprego, mas estão estagnados na mesma faixa salarial, de um a dois salários mínimos. Boa parte desse contingente vem das camadas mais pobres da população e integra a chamada nova classe média.
Segundo o documento, apresentado em Paris pelo ministro da SAE, Wellington Moreira Franco, à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), ao qual o GLOBO teve acesso, o Brasil tem a maior rotatividade do mundo: 41% da força de trabalho mudam de emprego a cada ano. Na faixa de um a dois salários mínimos, esse percentual passa de 50%.
O secretário da SAE, Ricardo Paes de Barros, afirmou que a forte rotatividade diminui a competitividade da economia, a produtividade do trabalhador e sua capacidade de ascender na empresa:
- Nos últimos dez anos, realizou-se o sonho dos trabalhadores pobres, de ter um emprego formal, o que os permitiu migrar para a classe média. O que eles enfrentam agora é a falta de estabilidade no emprego. A segunda onda de oportunidade que precisa ser dada é a garantia de um emprego estável.
FONTE: O GLOBO
A rotatividade nada tem com a baixa qualificação do trabalhdor, e sim com a estratégias da empresas para enfraquecer categorias organizadas e deixar o funcionário
ResponderExcluirsem condições de exigir melhores salários e etc.Com isso os patrões conseguem de azar salários e manter empregado subjugados.