terça-feira, 6 de dezembro de 2011

PSOL elege Valente e submete alianças à direção

BRASÍLIA - O deputado Ivan Valente (SP) foi eleito para ocupar a presidência do PSOL nos próximos dois anos. Reunido em convenção nacional no fim de semana, o partido decidiu também fixar diretrizes para as alianças a serem fechadas nas eleições municipais de 2012 e reforçar a militância do partido na área sindical.

O objetivo do PSOL é impulsionar a criação de uma central sindical que seja crítica à atual política econômica e mantenha uma postura de independência em relação ao governo Dilma Rousseff, ideia que contaria também com a adesão de integrantes da Intersindical e da central sindical Conlutas. O PSOL é favorável ao fim do imposto sindical e à contribuição voluntária dos trabalhadores aos sindicatos e centrais.

"Queremos construir um movimento popular, criando uma central sindical dos trabalhadores. Hoje, as centrais estão no espectro governista. As centrais que estão aí recebendo o imposto sindical viraram governistas", afirmou o deputado Ivan Valente. "Queremos uma central dos trabalhadores autônoma e soberana em relação aos governos e aos partidos. Não quer dizer que a central deve ser do PSOL."

Ivan Valente sucede Afrânio Boppré, que era o secretário-geral do partido e assumiu a função depois da renúncia de Heloisa Helena. A ex-senadora e atual vereadora de Maceió, que na última eleição presidencial apoiou Marina Silva em vez do candidato do partido, não compareceu ao congresso nacional do PSOL. Valente diz que trabalhará para reintegrar Heloisa Helena ao partido, apesar dos rumores de que a alagoana poderá aliar-se a Marina Silva na criação de uma nova legenda.

Durante o evento realizado em São Paulo, o PSOL também decidiu que haverá prévias nas praças onde houver mais de um pré-candidato. O partido fixou ainda uma política para as alianças que serão fechadas nas eleições municipais de 2012: parcerias fora da chamada Frente de Esquerda, formada também por PSTU e PCB, terão de receber o crivo do diretório nacional. "Essa diretriz protege o partido e flexibiliza para alianças que não desfigurem nossa lógica partidária", explicou o novo presidente do PSOL.

Fundado em 2004, o partido não administra prefeitura alguma no país. A cúpula do PSOL considera, no entanto, ter candidatos competitivos no Rio de Janeiro, Belém e Macapá. (FE)

FONTE: VALOR ECONÔMICO

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