quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Um ano de desencontros nas projeções

Previsão do PIB caiu de 4,5%, no fim de 2010, para 2,9% este mês

As estimativas para a economia brasileira em 2011 mudaram da água para o vinho ao longo do ano. As previsões dos analistas no último boletim Focus do ano passado revelavam que o país cresceria 4,5%, com a produção industrial atingindo alta de 5,30% este ano. Talvez alimentados pelo forte ritmo da atividade em 2010 - quando o PIB cresceu 7,5% -, os dados eram mais otimistas que os apurados no boletim do último 23: expectativa de alta de 2,90% do PIB e ínfimos 0,82% para a atividade industrial. No caso da inflação, a aposta era que ela não chegaria nem perto do teto da meta, agora ultrapassado.

- O mercado subestimou o impacto das medidas restritivas tomadas pelo governo no fim de 2010. Também não se supunha que a crise do euro fosse chegar tão forte - diz o ex-diretor do BC Carlos Thadeu de Freitas.

Os economistas calcularam que o país teria um ritmo forte de importações para sustentar seu crescimento e não esperavam aumento de preços das commodities no início do ano. É o que pode explicar a disparidade da projeção para o saldo da balança, que passou de US$8 bilhões para US$29 bilhões. O mercado também errou para menos o volume de investimento estrangeiro direto: a projeção inicial de US$39,5 bi saltou a US$60,2 bi.

FONTE: O GLOBO

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