sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Caso expõe falta de preparo para Copa, diz mídia estrangeira

Agência Reuters fala da "incapacidade" das autoridades cariocas para melhorar a infraestrutura da cidade

Bruno Ribeiro

A imprensa internacional repercutiu a tragédia ocorrida no centro do Rio desde as horas seguintes ao desastre. Mas, ontem, os sites dos principais jornais e agências de notícias do mundo afirmaram que o acidente está relacionado a uma falta de infraestrutura da cidade para receber a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.

"Um prédio desabou no centro do Rio de Janeiro na noite de quarta-feira, segundo a imprensa local, no mais recente incidente destacando a incapacidade das autoridades para melhorar a infraestrutura da cidade em meio a preparativos para a Copa do Mundo e a Olimpíada", informou um despacho da Reuters, uma das principais agências de notícias do mundo. O texto foi republicado e traduzido por sites de diversos países.

O site do jornal americano The Wall Street Journal descreveu o acidente, em sua página dedicada à América Latina, dizendo que ele deixou "pilhas de escombros no centro de uma cidade se preparando para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016".

Já o jornal Financial Times, da Inglaterra, publicou reportagem com o título "Desmoronamento de edifícios do Rio levanta dúvidas à medida que a Copa do Mundo e a Olimpíada se aproximam". O noticiário internacional também lembrou da explosão do restaurante Filé Carioca, ocorrido em outubro também no centro do Rio e que matou quatro pessoas, como exemplo dos problemas da cidade.

Motivo. "Esses questionamentos não começaram com o caso desses prédios. A imprensa internacional faz muitas críticas, e ela faz isso de um jeito bem calibrado. Esse é só mais um motivo para alimentar as críticas e as dúvidas", diz o professor Robert Alvarez, do Núcleo de Estudos para o Esporte da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). "Não existe campanha de comunicação para salvar a imagem do País. A resposta precisa ser dada com ações concretas. Falatório, a gente já tem bastante."

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO

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