terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Dilma reúne ministros antes da reforma

Ainda sem uma definição sobre o tamanho da reforma ministerial que pretende fazer, a presidente Dilma reunirá na segunda-feira toda a sua equipe para tratar de rumos do governo no segundo ano de mandato

Dilma e ministros se reúnem segunda

Tema é o corte no Orçamento, mas reforma também pode ser abordada

BRASÍLIA. Às vésperas de uma reforma ministerial, a presidente Dilma Rousseff marcou para a próxima segunda-feira uma reunião com todos os ministros para discutir o corte orçamentário que o governo fará este ano e dar o norte de seu segundo ano de mandato. A extensão da tesourada ainda não está definida, mas pode chegar a R$60 bilhões, como defende a área econômica do governo. Na penúltima semana do ano passado, o Congresso aprovou Orçamento de R$1,6 trilhão para a União, um incremento de R$32 bilhões à proposta original enviada pelo Executivo. Na reunião, poderão também ser abordadas superficialmente as mudanças já previstas para o Ministério, como a saída de Fernando Haddad (Educação) e Iriny Lopes (Mulheres).

Esta semana, Dilma fará reuniões setoriais com ministérios para definir a agenda de 2012. Nesses encontros, previstos para amanhã, quinta e sexta-feira, os 38 ministros serão convocados segundo áreas temáticas. As pastas relacionadas com infraestrutura - Transportes, Portos, Comunicação, Minas e Energia e Cidades - participarão de reunião conjunta com a área econômica. Em outro encontro, os ministérios da área de direitos humanos - Políticas para as Mulheres e Igualdade Racial - juntam-se aos ligados a políticas sociais, como Educação, Desenvolvimento Social e Saúde.

A demora de Dilma para dar início às consultas sobre a reforma ministerial abriu nos bastidores uma guerra entre partidos por ampliação de espaço no governo. Nos últimos dias, o Planalto identificou forte pressão do PT e do PMDB para comandar ministérios como Cidades e Transportes, enquanto o PP e o PR trabalham para manter ou recuperar pastas.

Já está praticamente definida a substituição do ministro da Educação, Fernando Haddad, pelo ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia). Para o lugar de Mercadante, iria um nome com perfil técnico. A presidente tem que efetivar também um novo ministro do Trabalho no lugar do interino Paulo Roberto Pinto. O nome mais cotado para a vaga deixada por Carlos Lupi é o do deputado Vieira da Cunha (PDT-RS).

Além disso, Dilma deseja fazer alterações nos ministérios das Cidades, com a substituição de Mário Negromonte pelo seu antecessor, Márcio Fortes. Na Secretaria de Política para Mulheres, de onde a ministra Iriny Lopes sairá para disputar a eleição de Vitória, a presidente pretendia deixar um nome técnico também, mas a tendência petista Articulação de Esquerda quer fazer indicações para a vaga.

O PMDB aguarda que o vice-presidente Michel Temer seja chamado ainda esta semana pela presidente para analisar a reforma. O partido já sinalizou que precisa de um ministério com estrutura e máquina para "ficar competitivo" nas eleições municipais deste ano. Por isso, Transportes e Cidades passaram a ser alvo de cobiça do partido. O PT também deseja Cidades.

FONTE: O GLOBO

Nenhum comentário:

Postar um comentário