quinta-feira, 29 de março de 2012

Ato lembra assassinato de Édson Luís

Paraquedistas preparam sobrevoo no Rio em comemoração ao golpe de 64

Bruno Góes, Marcelo Carnaval

Na esteira das discussões e conflitos que têm precedido a instalação da Comissão da Verdade, setores da sociedade continuam a se manifestar sobre o regime militar. Enquanto a União Estadual dos Estudantes (UEE) lembrou ontem os 44 anos do assassinato pela ditadura do estudante secundarista Édson Luís, a Associação dos Veteranos Paraquedistas anuncia um sobrevoo na Praia da Barra da Tijuca, no próximo sábado, como noticiou ontem o colunista do GLOBO Ancelmo Gois, para celebrar o 48 aniversário do golpe, que será comemorado no próximo sábado, dia 31 de março.

O assassinato de Édson Luís, em 28 de março de 1968, entrou para a História do movimento estudantil, e seu sepultamento se transformou num dos atos mais marcantes de resistência à ditadura. Ontem, cerca de 500 estudantes cariocas lembraram a data, caminhando da Candelária à Cinelândia, e pedindo mais investimentos em educação.

Igor Mayworm, presidente da UEE, disse que amanhã haverá um protesto em frente ao Clube Militar, no Jardim Botânico, em protesto às posições dos oficiais da reserva, que insistem em comemorar o golpe de 1964.

O oficial da reserva da Marinha, Valdir Ferraz, que estará presente no ato dos paraquedistas veteranos, descreveu como será a manifestação de sábado:

- Eles vão carregar uma grande bandeira do Brasil no avião e vão comemorar. Quando descerem, haverá a execução do hino nacional e o grito do lema: "Brasil, acima de tudo".

O avião, segundo Valdir, é bancado pelos paraquedistas.

- Ano passado, a presidente Dilma acabou com as comemorações da revolução de 64. Mas, agora, queremos mostrar que ela não pode calar o pessoal da reserva, já que os da ativa nada podem fazer - disse Valdir.

FONTE: O GLOBO

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