segunda-feira, 26 de março de 2012

Objetivo de tucanos agora é aumentar leque de alianças

Para conseguir apoio do DEM, pode sair até contrapartida na BA

Gustavo Uribe e Sérgio Roxo

SÃO PAULO. Com a vitória na prévia do PSDB, o objetivo dos aliados de José Serra passa a ser a busca por alianças. O próprio candidato tucano deve deixar de lado as agendas públicas, nos próximos dias, para se dedicar a essa tarefa.

- A prioridade será buscar o maior leque possível de alianças - afirmou o secretário estadual de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, um dos coordenadores da campanha de Serra.

Os apoios do PSD e do PP já estão garantidos. O objetivo é tentar também uma aliança com o DEM, mas o partido tem exigido em contrapartida apoio tucano à candidatura do deputado federal ACM Neto à prefeitura de Salvador. O pré-candidato tucano na capital baiana é o deputado Antonio Imbassahy, que esteve ontem na cerimônia de anuncio da vitória de Serra, num indicativo de que deve seguir o pedido do ex-governador.

O PV é outro alvo dos tucanos, assim como o PDT, o PPS e o PR. De olho nisso, Serra aproveitou para criticar o governo federal por causa da crise com a base aliada.

- Temos de prestar agora muita atenção, estar muito abertos para alianças. Mas aliança de verdade, não aliança em torno de interesses imediatos que levam à paralisia da administração, como ameaça acontecer na esfera federal.

A escolha do vice de Serra depende das costuras políticas. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, sugeriu os nomes de seus secretários municipais Alexandre Schneider (PSD) e Eduardo Jorge (PV) e da atual vice-prefeita da cidade, Alda Marco Antonio (PSD).

O ex-governador deve se dedicar ainda à estruturação da sua equipe de campanha, da qual farão parte, além de Aparecido, o ex-governo Alberto Goldman, o senador Aloysio Nunes (SP), o deputado federal Walter Feldman, o deputado estadual Orlando Morando e o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD).

A equipe deve traçar uma estratégia para evitar as criticas dos adversários por ter deixado a prefeitura em 2006 para disputar o governo do estado, um ano e três meses após eleito, mesmo tendo assinado um compromisso se comprometendo a cumprir o mandato.

FONTE: O GLOBO

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