Deputado estadual critica prefeito Eduardo Paes e diz que usará redes sociais para compensar pouco tempo de TV
Bruno Goes
Ao ser oficializado ontem como candidato do PSOL à prefeitura do Rio, em evento na Câmara dos Vereadores, o deputado estadual Marcelo Freixo atacou a gestão do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e disse estar preparado para a campanha nas redes sociais. Afirmou que vai participar da "primavera carioca", como chamou sua campanha.
Ao lado de integrantes do partido e com apoio de artistas e intelectuais, Freixo criticou a gestão de Paes na saúde e na educação. Disse que considera Paes omisso em questões políticas importantes, como o transporte público. O ator Wagner Moura compareceu ao ato e foi o único não filiado ao PSOL a discursar.
O apoio de artistas faz parte da estratégia montada pelo PSOL para ir ao segundo turno. O candidato a vice-prefeito na chapa de Freixo é o músico Marcelo Yuka. Foram anunciados os apoios de Ivan Lins, Caetano Veloso, Frei Beto, Leonardo Boff e Luiz Eduardo Soares.
- Essa vai ser uma campanha de muita rua e muita rede. Nós sabemos que temos pouco tempo na televisão porque não aceitamos fazer alianças espúrias. Mas vamos usar as redes sociais, que têm influência enorme junto à população do Rio de Janeiro, e estar nas ruas. Essa militância está acreditando e é possível que essa seja uma primavera muito diferente do que a gente já teve em outras eleições - disse: - É muito bom poder ter o Marcelo Yuka como vice e ter aqui artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso, Wagner Moura. São pessoas que têm uma posição muita crítica na sociedade. São artistas muito queridos e não estão aqui por nenhum interesse privado e, sim, como cidadãos do Rio de Janeiro.
Wagner Moura explicou sua participação:
- Estou aqui porque acredito nesse projeto, porque vejo beleza na candidatura que Freixo representa. Não estou aqui para ganhar licitação. Uma campanha sinaliza o que será construído enquanto governo e essa não será feita na base de financiamentos ilegítimos.
Freixo disse que a segurança pública não é só responsabilidade do governo estadual e afirmou que a prefeitura precisa disputar os jovens com milicianos e traficantes em áreas carentes. Mesmo ameaçado de morte por sua ação à frente da CPI que investigou e prendeu milicianos, Freixo disse que fará campanha na Zona Oeste:
- Não vou fazer disso uma guerra particular. A milícia não é um problema meu. Se tem um candidato a prefeito nesta cidade que não pode ir para alguns lugares porque criminosos dominam, vamos combinar que esse é um problema do Rio de Janeiro. Isso deve ser tratado como um problema público. Cabe ao Estado garantir que a campanha de todos os candidatos possa ser feita em todos os lugares.
O candidato criticou a falta de lisura na licitação das linhas de ônibus da cidade feita em 2010. Disse que, se ganhar a eleição, fará novamente o processo. Segundo Freixo, a escolha foi feita com "cartas marcadas".
Sobre a possibilidade de a eleição ter um caráter nacional, citou a CPI do Cachoeira e a quebra de sigilo da Delta.
- Uma campanha no Rio de Janeiro sempre tem um caráter nacional. Essa é uma característica da política do Rio de Janeiro. A CPI do Cachoeira vai poder ter um efeito sobre alianças no Rio de Janeiro? Não sabemos. A quebra de sigilo da Delta pode interferir e gerar algum tipo de resultado que diz respeito à campanha eleitoral da mesma maneira como o mensalão. E é inevitável: qualquer campanha no Rio de Janeiro discute problemas nacionais.
FONTE: O GLOBO
Quero que Freixo seja eleito para que possamos cobrar dele tudo que ele cobra dos demais governos. Dobrar os salários do pessoal da Educação e Saúde em pouco tempo, sem sacrificar outras categorias e despesas essenciais. Fazer obras sem dar dinheiro a empreiteiras e sem contratar, já que o PSOL critica isso no PT. Controle total da segurança e do tráfico sem reprimir ninguém. Dar casas boas a todos os que não têm e impedir catástrofes naturais (enchentes, inundações, deslizamentos, etc.). Baixar todas as tarifas municipais. Se não fizer tudo isso, era estelionato eleitoral tudo o que criticava nos outros. Vamos cobrar, galera ... e depois de eleito não poderá ter aliança com nenhum partido considerado 'espúrio', nem para aprovar coisas importantes, ou estará mentindo hoje.
ResponderExcluir