quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cacos de vida:: Graziela Melo

Os cacos
de vida
que
me restam,

misturados
a pedaços
ainda inteiros,

dos meus ossos
que pululam
sem guarida,

pelos becos
obscuros
deste mundo

pelas rampas
inclinadas
desta vida,

são vestígios
de um corpo
destruído,

fragmentos
de uma nuvem
deluída

nos temporais
que circulam
no universo,

dos meus tempos
de transtornos
rotineiros

oriundos
de desgostos
verdadeiros!

         Rio, 27/12/2009

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