sexta-feira, 8 de junho de 2012

Esquerda deve ter vitória apertada no Parlamento francês

Catherine Bremer e Leigh Thomas

As pesquisas finais antes da eleição parlamentar da França no domingo sugerem que o presidente François Hollande terá uma maioria apertada, mas com a qual conseguirá trabalhar dependendo do apoio dos aliados verdes e da esquerda radical.

Pesquisas dos institutos de opinião BVA, Ipsos e Harris apontaram o Partido Socialista, de Hollande, com pouco menos dos 289 assentos que precisa para ter a maioria dos 577 assentos da Assembleia Nacional, a câmara baixa, e os aliados com mais de 30 assentos.

Após obter a primeira vitória presidencial socialista desde 1988 no mês passado, Hollande pediu aos eleitores de seu partido que compareçam em peso no domingo, conforme prepara leis para apoiar a política de impostos e gastos do programa de sua campanha.

Leis para elevar impostos dos mais ricos e reverter um aumento nos impostos sobre vendas devem ser apoiadas pela esquerda radical, porém uma maioria muito estreita poderia deixar Hollande dependente dos conservadores e centristas para possíveis medidas para uma integração europeia mais próxima.

"Eu clamo aos franceses para votarem", disse Hollande na quinta-feira, durante uma visita ao norte da França, depois que as pesquisas previram que cerca de 40 por cento dos eleitores não votaria. "Eu peço a eles para nos darem uma larga maioria, uma sólida e coerente".

A pesquisa da BVA deu aos principais partidos da ala de esquerda 32,5 por cento, ou 36,5 com os aliados de Hollande do Partido Verde e 44,5 por cento somando com a esquerda radical. O número compara-se aos 33,5 por cento para o grupo conservador.

A Harris Interactive deu as partidos de esquerda 34 por cento dos votos, ou 46 por cento com os verdes e a extrema esquerda, em comparação a 33 por cento da direita.

Uma enquete da Ipsos para o diário com tendência de esquerda Le Monde deu 31,5 por cento para a esquerda, ou 41 por cento com a esquerda radical e os verdes, em relação a 34,5 por cento para o bloco conservador.

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO

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