quarta-feira, 27 de junho de 2012

O galo::Mauro Mota

É a noite negra e é o galo rubro,
da madrugada o industrial.
É a noite negra sobre o mundo
e o galo rubro no quintal.

A noite desce, o galo sobe,
plumas de fogo e de metal,
desfecha golpe sobre golpe
na trova indimensional.

Afia os esporões e o bico,
canta o seu canto auroreal.
O galo inflama-se e fabrica
a madrugada no quintal

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