sábado, 2 de junho de 2012

Sérgio Guerra vê em Lula autoritarismo e grave desequilíbrio

SÃO PAULO – O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), classificou, ontem, como uma demonstração de “autoritarismo” e “extrema arrogância” a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista dada anteontem ao Programa do Ratinho. Lula afirmou que enfrentaria novamente uma disputa presidencial para impedir a volta de um tucano ao comando do País.

De acordo com Sérgio Guerra, não é o ex-presidente que permite ou não que um tucano ou um político de qualquer partido seja eleito presidente da República, mas “o povo brasileiro”.

“É um sinal grave de desequilíbrio do mesmo ex-presidente que procura ministro do Supremo para evitar o julgamento do mensalão. Não é um presidente que permite que um tucano ou um político de qualquer outro partido governe o país. Quem resolve isso é a população, de acordo com as leis vigentes”, disse Guerra, acrescentando: “São gestos que apontam na direção do autoritarismo e uma atuação que não honra o passado de um ex-presidente. Uma demonstração de extrema arrogância”.

O senador Álvaro Dias também comentou a declaração de Lula e fez uma piada: “Isso mostra que ele está completamente curado, porque a arrogância voltou”, disse.

Apontado como pré-candidato do PSDB à Presidência em 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse ontem que as recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acentuam a necessidade de retorno do PSDB ao comando do país. Aécio disse que Lula não pode impedir que seus adversários tenham o desejo de voltar ao poder.

“É legítimo que qualquer um postule o cargo de presidente da República. Mas não apenas para impedir que um adversário o faça. Seria mais proveitoso que o objetivo fosse em favor de um projeto novo. As últimas declarações do presidente Lula só acentuam a necessidade de retorno do PSDB para garantir a liberdade de imprensa e o respeito às instituições.”

Procurada pela reportagem, a assessoria do ex-presidente disse que ele não vai comentar as declarações.

FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)

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