terça-feira, 10 de julho de 2012

Eduardo Campos: “PSB não pode ser subjugado”

Governador participa de jantar com a presidente e reafirma o apoio do partido à gestão federal. Antes do encontro, Eduardo disse que PSB não pode ser sublegenda do PT

Gilvan Oliveira

No jantar com Dilma Rousseff, ontem à noite em Brasília, o governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, levou um recado direto à presidente: o PSB não é sem será uma sublegenda do PT. A afirmação serviu como resposta aos petistas que reclamam da “rebeldia” e do não-alinhamento socialista com os petistas nas eleições municipais de importantes capitais brasileiras, caso do Recife, Fortaleza e Belo Horizonte. Mas, ao mesmo tempo, ele deu garantias de que a legenda, mesmo com movimentos de independência, está comprometida com o governo e o projeto de reeleger a presidente na campanha de 2014.

Eduardo antecipou o que falaria à presidente Dilma em uma entrevista, pouco antes do jantar, ao canal de TV Globo News. O encontro deles, que contou também com a participação do governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), tinha o objetivo de passar a limpo as várias queixas de lideranças petistas sobre as opções do PSB nas eleições municipais.

“O que tem que ficar claro é que o PSB é um partido que sabe fazer aliança, que sabe apoiar. Mas o PSB não é um partido para ser subjugado, não é um partido que vai nunca ser satélite ou sublegenda de outro partido”, disse Eduardo, em entrevista ao canal de TV.

O governador defendeu que essa postura do PSB ante o PT seria “salutar” para o governo, afirmando que a história e a trajetória do partido o credencia para manter uma relação de apoio e independência em relação ao partido da presidente.

“A gente ajuda muito mais nossos aliados sendo assim do que fazendo a velha política. Os partidos que se deixam subjugar são os que se deixam levar pelo fisiologismo, pelo patrimonialismo”, advertiu, sem citar nomes.

Até o fechamento desta edição, às 23h10, não havia sido divulgada informações sobre o desfecho do jantar. Lideranças petistas acusam o PSB de iniciar um movimento de distanciamento do PT visando um protagonismo na sucessão presidencial de 2014, com a eventual candidatura de Eduardo a presidente. O governador nega. Ele e outros dirigentes do PSB reclamam que o PT é que tem restrições em apoiar os aliados.

FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)

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