quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Mais de 11 mil servidores em greve vão ter o ponto cortado

O governo vai cortar o ponto de 11.495 servidores públicos pelos dias não trabalhados neste mês. O corte pode ser integral ou parcial. Em julho, foram 1.972.

O ministro José Eduardo Cardozo afirmou que os grevistas estão sujeitos a processo disciplinar em casos de “ilegalidade, desrespeito à ordem judicial”.

Governo vai cortar o ponto de mais de 11 mil grevistas

Segundo Ministério do Planejamento, medida afetará de forma integral ou parcial 11.495 servidores parados

Em julho, 1.972 servidores tiveram descontos; reitores não repassaram relação de docentes parados

Flávia Foreque

BRASÍLIA - O governo federal vai cortar o ponto de 11.495 servidores pelos dias não trabalhados no mês de agosto. De acordo com o Ministério do Planejamento, o corte no contracheque dos grevistas pode ser integral ou parcial.

No último mês, o número de servidores federais que tiveram redução no contracheque foi bem menor: 1.972.

Segundo o Condsef (confederação dos servidores federais), cerca de 40 categorias estão em greve.

Assim como em julho, em agosto não houve corte de ponto dos professores e técnicos administrativos das universidades federais. Os reitores decidiram manter a decisão de não encaminhar à pasta a relação de docentes e servidores parados. Os docentes estão em greve há pouco mais de três meses.

A decisão dos reitores se deu, apesar de o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, ter afirmado há quase duas semanas que eles seriam responsabilizados por improbidade administrativa.

Ontem, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse que os grevistas estão sujeitos a processo disciplinar em casos de "ilegalidade, desrespeito à ordem judicial".

Ele comentava um cartaz fixado por grevistas num posto da Polícia Rodoviária Federal no Rio declarando "passagem livre para o tráfico de drogas e de armas".

Itamaraty

Servidores do Itamaraty no Brasil e no exterior iniciam hoje uma paralisação, sem prazo determinado para acabar.

A paralisação coincidiu com as férias do ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores), o que causou mal-estar dentro do Itamaraty e no governo federal.

FONTE: FOLHA DE S. PAULO

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