quarta-feira, 1 de agosto de 2012

No Rio de Janeiro, candidatos à prefeitura fazem primeiro debate

Para quatro dos cinco participantes, será a estreia em confrontos televisivos

Cristina Tardáguila

Os cinco principais candidatos à prefeitura do Rio farão amanhã à noite, na Band, o primeiro embate televisivo da campanha. Às 22h, ao vivo, Aspásia Camargo (PV), Marcelo Freixo (PSOL), Otavio Leite (PSDB) e Rodrigo Maia (DEM) - todos políticos que jamais estiveram num debate eleitoral na TV para defender propostas de governo - encontrarão o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que concorre à reeleição pelo PMDB. Os quatro negam nervosismo e uma possível união para enfrentar o favoristimo de Paes. Nas últimas pesquisas, o prefeito apareceu com 54% das intenções de voto.

- Não vou contra ninguém - avisa Maia. - Minha prioridade é a agenda do povo. Não sou ator. Tenho dificuldades na TV, mas acompanhei muitos encontros como esse na vida. Sei como é - numa referência à carreira do pai, o ex-prefeito Cesar Maia.

Freixo, que não tem um marqueteiro, diz que se prepara para a estreia na TV com reuniões de classe e que ainda não sabe sequer que roupa vestirá.

- Ontem estive com assistentes sociais. Hoje, com defensores públicos. Não vai ter essa história de todos contra Paes. Não comigo! Vou lá para mostrar que sou o único diferente.

Júlio Uchôa, coordenador de mídia de Leite, segue a mesma linha:

- Nosso objetivo é espalhar a informação de que Otavio, que tem 20 anos de cargos eletivos, está candidato, é uma opção. Ele vai pedir que o povo pesquise, consulte, antes de escolher.

Paulo Serna, da campanha de Aspásia, promete que ela não atacará ninguém na Band. A ideia é seguir o modelo que, em 2008, quase deu a prefeitura do Rio a Fernando Gabeira (PV).

- Não há uma cumplicidade entre os quatro candidatos. Vimos isso no debate do Clube de Engenharia. Na Band, Aspásia falará de sustentabilidade.

O deputado federal Pedro Paulo, da campanha de Paes, nega que o prefeito prepare uma estratégia de defesa.

- Ele vai falar do que fez. A população não gosta de ataques pessoais.

O cientista político Antônio Reis, da PUC-Rio, lembra que esse será o primeiro debate em que a segurança pública não aparecerá como prioridade.

- Certamente os candidatos falarão de UPA e do alinhamento entre as esferas municipal, estadual e federal. A violência não deve vir como um dos temas mais fortes.

FONTE: O GLOBO

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