sábado, 25 de agosto de 2012

Rio de Janeiro, pesquisador analisa os temas básicos na campanha eleitoral

Carlos Costa Ribeiro

Para Carlos Costa Ribeiro candidatos precisam, antes, se apresentar ao eleitorado, para só então tratar de propostas

RIO - Quarta-feira começou o programa eleitoral na TV. Como era esperado, o atual prefeito sai com vantagem não só porque tem mais tempo na TV, mas porque tem o que contar sobre políticas e realizações de mandato. Os demais candidatos precisam, antes, se apresentar ao eleitorado, para só então tratar de propostas. Foi o que observamos no primeiro show televisivo.

Ao longo do tempo, todos serão obrigados a falar e discutir temas básicos da gestão municipal. Corrupção, ecologia, entre outros, são fundamentais, mas afetam de forma indireta a vida da população de mais baixa renda, que compõe a maioria do eleitorado. Questões como transporte, saúde, educação, segurança acabarão tendo proeminência.

Paes decidiu começar tratando de saúde, aspecto mal avaliado no Rio em comparação a outras cidades. Estratégia comum em campanhas com candidatos à reeleição, o que vimos foi a antecipação a futuras críticas através da indicação de que certas políticas se iniciaram e precisam ter continuidade.

O diferencial na saúde da população entre as classes sociais é a consequência mais perversa das desigualdades sociais. Mulheres com renda abaixo de mil reais têm 33% mais chance de contrair hipertensão do que mulheres com renda acima de mil reais.

De certa forma, o papel dos candidatos é mostrar como vão diminuir a desigualdade social em áreas como educação, saúde, transportes, segurança e moradia. O que vamos ver é a discussão destes temas. O prefeito vai enfatizar "já fizemos muito, está ficando bom, vamos melhorar muito"; as oposições vão dizer "ele fez pouco, está ruim, vamos fazer muito melhor".

Pesquisador do Iesp-Uerj

FONTE: O GLOBO

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