quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Aécio minimiza e ironiza presença da presidente em BH

Tucano diz que Dilma é bem-vinda, mas afirma que população apreciaria mais se a cidade recebesse recursos federais

Marcelo Portela,

BELO HORIZONTE - Principal cabo eleitoral do prefeito Marcio Lacerda (PSB), candidato à reeleição em Belo Horizonte, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) minimizou ontem o efeito da participação da presidente Dilma Rousseff na campanha do ex-ministro Patrus Ananias (PT). Além de declarações nos programas da propaganda eleitoral gratuita, a coordenação da candidatura de Patrus tenta agendar uma participação pessoal da presidente em ato na cidade.

Desde o início das eleições, a campanha petista usa declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também participou de recente comício ao lado do candidato na capital mineira. Na semana passada, os programas do PT passaram a exibir também declarações de Dilma pedindo votos para o ex-ministro.

"A presidente Dilma, legitimamente, já está na campanha eleitoral há muitos dias. Isso não alterou a campanha", avaliou Aécio, o tucano mais cotado como candidato presidencial em 2014.

Recursos. Presença constante na propaganda eleitoral de Lacerda, Aécio ainda ironizou a campanha petista que "joga todas as fichas" na "eventual vinda da presidente". "Todos os que nos visitam são muito bem-vindos a Belo Horizonte. A própria presidente Dilma Rousseff é muito bem-vinda. (Mas) talvez os belo-horizontinos apreciassem mais se, ao invés apenas da presença eleitoral, tivessem já chegado aqui os recursos do metrô, da (rodovia) Fernão Dias, do Anel (rodoviário)", disse, referindo-se a obras federais reivindicadas no Estado.

Aécio fez ironia também com a linha da campanha adversária, que, segundo ele, "já tentou de tudo", e com o responsável pelo marketing petista, João Santana, que comandou também as candidaturas de Lula e Dilma. "Agora parte na reta final para algo que o meu amigo marqueteiro João Santana faz costumeiramente: uma tentativa de vitimizar o candidato", declarou.

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO

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