quinta-feira, 6 de setembro de 2012

FHC entra na campanha de Serra

O candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, vai usar depoimento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na propaganda eleitoral no rádio e na TV, aumentar o número de cabos eleitorais na rua e reforçar a estratégia de colar sua imagem à do governador Geraldo Alckmin. O prefeito Gilberto Kassab (PSD) terá cada vez mais aparições marginais nos programas. As ações, definidas pela coordenação da campanha, são uma tentativa de estancar a queda nas pesquisas após o avanço de Celso Russomanno.

Serra chama FHC, aumenta presença de Alckmin e reforça campanha de rua

Julia Duailibi, Bruno Boghossian

O candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, vai usar depoimento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na propaganda eleitoral no rádio e na TV, aumentar o número de cabos eleitorais na rua e reforçar a estratégia de colar sua imagem à do governador Geraldo Alckmin. Por enquanto, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) manterá aparições discretas nos programas.

As ações, definidas pela coordenação da campanha, são uma tentativa de estancar a queda nas pesquisas e fortalecer o tucano no centro expandido, onde a campanha identificou um avanço na intenção de votos do candidato do PRB, Celso Russomanno.

A declaração de apoio de FHC é parte da estratégia para minar o avanço de Russomanno e impulsionar Serra em redutos antipetistas. Ela ocorre no momento em que a presidente Dilma Rousseff prepara a entrada na campanha de Fernando Haddad (PT), com quem Serra divide tecnicamente o segundo lugar nas pesquisas.Dilma e FHC se envolveram em polêmica nesta semana - a petista respondeu duramente a um artigo publicado pelo ex-presidente no Estado, em que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é acusado de ter deixado uma "herança pesada".

FHC gravou ontem à noite três modelos de declaração. Um deles deve ir ao ar na sexta-feira. No começo da semana, ele foi sondado por telefone por José Henrique Reis Lobo, ex-presidente do PSDB municipal, sobre a disponibilidade para gravar.

O objetivo de colocar FHC é falar diretamente com o eleitor antipetista que, agora, flerta com Russomanno. Em 2010, Serra foi criticado por setores do PSDB por não ter defendido o legado de FHC. Numa situação inversa à atual, a equipe de marketing daquela campanha queria melhorar o desempenho de Serra no eleitorado que estava satisfeito com a gestão do ex-presidente Lula, mas não com o anterior.

Ontem, Alckmin também gravou nova declaração de apoio a Serra. A campanha quer intensificar a dobradinha para absorver parte da popularidade do governador. Alckmin ainda deve protagonizar um evento no comitê da campanha na segunda-feira para estimular a militância do partido.

Já Kassab, cuja gestão é considerada ruim ou péssima por 48% dos eleitores, segundo o Datafolha, foi avisado de que aparecerá pouco na televisão.

A campanha também vai intensificar atividades nas ruas do centro expandido da capital. Na próxima semana, o número de cabos eleitorais deve aumentar de 1.500 para 2 mil. Os bairros aos quais os tucanos darão maior atenção são Vila Prudente, Aricanduva, Penha, Jaçanã, Freguesia do Ó e Butantã. Nesses locais, o PSDB venceu o PT em 2010.

Ataques. O PSDB vê hoje Russomanno como maior adversário para chegar ao segundo turno. Datafolha divulgado ontem deu 35% das intenções de voto para o candidato do PRB, ante 21% de Serra e 16% de Haddad. A equipe já estuda atacar Russomanno na TV. Os tucanos planejam exibir reproduções de reportagens publicadas em jornais que mostram supostas irregularidades da carreira política e empresarial do candidato.

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO

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