terça-feira, 16 de outubro de 2012

Cabral minimiza seu‘lançamento’ como vice em 2014


Débora Bergamasco

BRASÍLIA - O PMDB nacional enquadrou ontem a movimentação da legenda capitaneada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, de lançar o nome do governador Sergio Cabral como vice de Dilma Rousseff na eventual campanha de 2014 pela reeleição. Cabral foi constrangido a ligar para o vice-presidente Michel Temer e para o presidente do Senado, José Sarney, para desmentir a operação. O presidente do partido Valdir Raupp contou que também recebeu ligação de Cabral dizendo que não concorda com a posição de Paes, que “lançou” o nome da Cabral como candidato a vice de Dilma num evento em São Paulo no domingo, Na ligação de ontem, o governador do Rio disse que Temer é seu candidato. A Raupp, Cabral afirmou que não deixará o comando de seu Estado para ajudar a cacifar seu vice-governador, Pezão, que disputará o governo no próximo pleito.

Sobre as declarações de Paes, Raupp amenizou: “Liguei para o Paes, está tudo bem. Acho que ele disse tudo isso porque estava no calor da vitória da eleição municipal”. Indagado se faltará espaço a Cabral depois que deixar o posto de governador, Raupp negou: “Ele é um nome fortíssimo para disputar a Presidência em 2018”. Sobre qual será seu papel no intervalo de quatro anos, o senador licenciado respondeu: “Podemos negociar um ministério importante para tocar nesse tempo.”

O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também reagiu às declarações de Paes. “É um absurdo. É mais fácil o PMDB sair da aliança (com o PT) do que mudarmos o vice”. Para Cunha, pegou muito mal dentro do partido as palavras do prefeito do Rio. “Foram desastrosas e a repercussão interna foi péssima, muito negativa. Só mostrou o quanto ele foi imaturo e despreparado.”

Fonte: O Estado de S. Paulo

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