sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Campanha de Serra reúne sindicalistas


PDT formaliza apoio ao candidato tucano, que aproveita a cerimônia para, mais uma vez, fazer uso eleitoral do mensalão

Denise Rothenburg

SÃO PAULO — Detentor da liderança em número de votos no primeiro turno, o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, larga para este segundo turno deixando de lado a primeira pes­quisa que apontou Fernando Haddad (PT) à frente nas inten­ções de votos. Ao receber ontem o apoio de três partidos — PPS, PTB e PDT, esses dois últimos aliados da presidente Dilma Rousseff no plano federal —, Serra aproveitou para criticar Jo­sé Dirceu, condenado pelo Su­premo Tribunal Federal na ter­ça-feira por corrupção ativa de­vido ao envolvimento com o mensalão, e associou a imagem do ex-ministro à disputa eleito­ral na capital paulista.

"É uma coisa estranha al­guém que é condenado pela Jus­tiça suprema do país, de repen­te, considerar que o mais impor­tante é ganhar a eleição em São Paulo, como se a eleição em São Paulo pudesse compensar aqui­lo que aconteceu com a conde­nação e também trazer mais sa­tisfação ao grupo que hoje é considerado criminoso pela Jus­tiça. Não se trata de presunção, é estranho", disse Serra, durante a solenidade em que o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho da Força Sindical, anunciou seu ingresso na campanha tucana.

A solenidade do PDT foi no auditório da Força Sindical, o mesmo no qual, em 2010, a então candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, lançou seu programa de governo para a área de Educação. Ontem, entretanto, o público era bem di­ferente. No palco estavam Serra; Paulinho da Força; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); o prefeito da cidade, Gil­berto Kassab (PSD); e o presiden­te da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Eduardo Patah.

Na sala lotada por partidários de Paulinho portando bandeiras da Força e do PDT, as palavras de ordem reforçavam o discurso do candidato: "Vamos evitar a che­gada dos mensaleiros aqui", dizia um sindicalista.

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Logo na chegada, os princi­pais apoiadores de Serra trata­vam de minimizar o resultado da pesquisa Datafolha divulgada na quarta-feira, na qual o tucano aparecia com 37% das intenções de voto — 10 pontos atrás do ri­val: "Essa pesquisa, na verdade, marca o encerramento do pri­meiro turno. O segundo turno começa oficialmente na segun­da-feira, com o horário eleitoral", afirmou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. "Pesquisa que vale é a feita, pelo menos, uma semana depois de horário eleito­ral", completou o governador Ge­raldo Alckmin, feliz com os apoios conquistados nessa largada.

Nessa largada, Fernando Haddad obteve o apoio de Gabriel Chalita (PMDB), que saiu da elei­ção com 13% dos votos. Enquan­to isso, Serra levou o PTB, que fa­zia parceria com Celso Russomanno, do PRB, o terceiro colo­cado. Angariou ainda o PPS de Soninha Francine, além do PDT de Paulinho da Força.

Fonte: Correio Braziliense

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