sexta-feira, 15 de março de 2013

Definição com o PMDB

A presidente Dilma Rousseff volta a se reunir hoje com o vice-presidente Michel Temer para bater o martelo sobre o quinhão do PMDB na redivisão de postos na Esplanada entre os partidos da base governista.

É a terceira vez que os dois se sentam à mesa na tentativa de conciliar as demandas do principal aliado do PT no governo com as demais legendas da base. Na última terça-feira, Temer deixou o jantar com Dilma no Palácio da Alvorada tendo praticamente acertado a indicação do presidente do PMDB mineiro, Antônio Andrade, para o Ministério da Agricultura.

Na intenção do Palácio do Planalto, o atendimento à bancada de Minas Gerais do PMDB — que há tempos ameaça debandar em direção ao apoio do projeto de candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República — seria o ponto de partida da reforma ministerial. O atual comandante da pasta, Mendes Ribeiro, seria direcionado para a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). Hoje à frente da SAE, Moreira Franco seguiria para a Secretaria de Aviação Civil (SAC).

A SAE, contudo, passou a ser vista pelo governo como uma possibilidade para contemplar os planos expansionistas de outras legendas aliadas. Sem um orçamento significativo para investimentos, a pasta não é vista como uma perda substancial para o PMDB, que aceita abrir mão de seu comando em busca de um consenso com os demais partidos da base. PR ou PSD ficariam com a secretaria.

Entraves

Começam aí os complicadores dentro do PMDB. O problema dessa opção seria o destino de Mendes Ribeiro. Com a secretaria indo para outro partido, restaria ao atual ministro retornar ao seu mandato de deputado federal. O que tiraria a cadeira do deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), considerado pelo Planalto como um elemento moderador na bancada liderada por Eduardo Cunha (RJ).

A opção por Antonio Andrade para a Agricultura também não agrada na totalidade a ala mineira do partido. O deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), que abriu mão de uma candidatura à prefeitura de Belo Horizonte para apoiar o petista Patrus Ananias, ainda trabalha para ser contemplado com o ministério, em uma espécie de compensação por ter se retirado da disputa em 2012. (KC)

Fonte: Correio Braziliense

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