quarta-feira, 20 de março de 2013

Eduardo e Aécio minimizam resultado de sondagem

Murillo Camarotto

RECIFE - O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, minimizou ontem o resultado da pesquisa Ibope/CNI que apontou ligeiro crescimento na popularidade da presidente Dilma Rousseff. Potencial candidato ao Planalto em 2014, Campos disse que a pesquisa não trouxe mudanças significativas.

"Acho que a pesquisa demonstra o que sempre demonstrou. Desde o ano passado, os números são esses e não se alteraram", disse.

O senador mineiro, Aécio Neves (PSDB), também pré-candidato à Presidência, também minimizou os índices obtidos por Dilma. "Isso tem muito a ver com o sentimento momentâneo, talvez com algumas medidas de grande alcance popular tomadas pela presidente, e com o vigor da comunicação, da propaganda do governo. Tudo a seu tempo. Não há ainda um debate eleitoral. Temos que nos preocupar em construir nosso discurso, nossa agenda para o país".

Em Pernambuco, o governador evitou comentar possíveis influências da pesquisa sobre a disputa eleitoral de 2014. "Se vai haver ou não espaço no debate eleitoral de 2014, só vamos saber em 2014, pois as circunstâncias de 2014 não estão colocadas ainda", disse Eduardo. "É bom ter tranquilidade para esperar e ninguém cantar vitória ou chorar derrota antes da hora", completou.

Campos disse que a aprovação popular é importante para dar a Dilma condições para "reconduzir o Brasil a um processo de crescimento econômico, distribuição de renda e animar os investimentos, que é tudo que os brasileiros desejam".

Apesar da posição de adversário eleitoral que constrói em relação à Dilma, o governador disse que a presidente deve visitar Pernambuco na semana que vem. Campos preferiu, no entanto, deixar a divulgação da visita para o Palácio do Planalto. Nas últimas semanas, Dilma tem intensificado as viagens ao Nordeste, mas ainda não foi a Pernambuco.

Questionado sobre a mudança de opinião do ex-ministro Ciro Gomes (PSB), que teria passado a defender a candidatura do PSB, Campos evitou polemizar com o colega de partido. Segundo ele, Ciro é um companheiro que historicamente defende a candidatura própria no PSB, e pelo qual tem muito respeito.

Fonte: Valor Econômico

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