sábado, 13 de abril de 2013

Bombardeio intenso de Eduardo Campos em Dilma

Na passagem pelo Sertão do Pajeú, governador fecha uma semana de muitas críticas à gestão do PT, em entrevistas e nas inserções do PSB no rádio e na televisão

Bruna Serra

As críticas do governador Eduardo Campos (PSB) ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) se intensificaram nesta semana, com um intenso bombardeio que terminou ontem, durante sua passagem pelo Sertão do Pajeú, com a afirmação de que "crescimento não é só estatística, número. É o sorriso do povo e a harmonia da família".

Logo no início da semana, durante evento com a Força Sindical em São Paulo, Eduardo Campos criticou a novamente a política de desonerações do governo federal, afirmando que o Brasil piorou nos dois primeiros anos da gestão Dilma Rousseff.

Mais tarde, em entrevista a um jornal de Porto Alegre, disse que o PSB não pode renunciar à possibilidade de "crescer e discutir o futuro do Brasil".

Outra disparada veio após um encontro com o pastor Silas Malafaia, onde Campos teria dito que sua candidatura à Presidência da República é "irreversível" e que o PSB "não é voto de cabresto" nem "legenda de aluguel" do PT.

Já na quinta-feira (11), em Washington, durante entrevista no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o governador pernambucano voltou a mandar recados para o governo Dilma Rousseff, ao dizer que o cenário de divergência entre crescimento econômico e inflação é preocupante. Reforçou queixas dizendo que as desonerações já não tem mais eficácia e que podem "comprometer" a economia em 2013 e 2014. Também na quinta, o presidente foi a estrela das inserções de seu partido, onde rememorou a frase que marcou o início de suas críticas mais fortes ao governo: "Dá para fazer mais".

Mas ontem, não apenas a presidente foi alvo do socialista. Mesmo demonstrando pouco interesse em rebater as declarações do pré-candidato do PSDB ao Planalto, senador Aécio Neves (MG), que insistiu esta semana que o PSB estaria "no divã" - sem saber se é governo ou oposição -, Campos garantiu que seu partido não mudou de lado. "Não tem divã nenhum. O PSB está onde sempre esteve, ao lado das lutas do povo. Aliás, o PSB está cada vez mais na cabeça e no coração das pessoas", fustigou.

Programa

Após as inserções desta semana, as expectativas agora ficam por conta do programa partidário que o PSB exibirá, também em cadeia nacional de rádio e televisão. O programa está sendo produzido para exibição no próximo dia 25. Mais uma vez, a economia nacional estará no foco.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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