segunda-feira, 15 de abril de 2013

Campos ataca área social do governo

Para governador de PE, os dois últimos anos não foram "os desejados"

Letícia Lins

SÃO LOURENÇO DA MATA (PE) Em movimentação constante pelo país, estrela principal das inserções de TV de seu partido, e dando início a uma série de seminários da sigla, os chamados "Diálogos para o desenvolvimento", o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou ontem que os dois últimos anos do Brasil "não foram o que nós desejamos" e disse ser "preciso aperfeiçoar" os avanços da área social do governo federal. Ainda negou que esteja em pré-campanha para a sucessão.

Os comentários de Campos foram feitos depois de semanas seguidas tecendo críticas à política econômica da presidente Dilma Rousseff, já que as desonerações, segundo ele, não alcançam os efeitos desejados e provocam prejuízos "às finanças de estados e municípios". O socialista conversou rapidamente com os jornalistas em São Lourenço da Mata, onde participou de cerimônia na Arena da Copa, como é chamado o estádio que vem sendo construído na cidade pernambucana para eventos esportivos internacionais.

PSB promove seis seminários

Campos disse que o PSB fará, ao todo, seis seminários e que um documento resultante dos encontros será editado até dezembro. A publicação será enviada à presidente, como "prova do esforço do partido" para contribuir com o futuro do país. Negou, no entanto, que o resultado dos encontros do PSB seja o plano alternativo de governo de uma eventual candidatura à sucessão de Dilma. Mas ratificou que abordará três dos temas que ele mais tem cobrado do governo: a retomada do crescimento econômico, o controle da inflação, e a preservação do mercado de trabalho.

- O PSB trabalha assim. Vem fazendo um conjunto de seminários e o primeiro deles ocorreu no sábado, dia 6, na PUC do Rio de Janeiro. Teremos mais cinco em outras regiões do país. As pessoas querem discutir suas preocupações, além de eleições. Não estão pensando só nisso. E não é proibido fazer política assim, como nós fazemos. No dia que isso for proibido, fazer política vai ficar muito chato - disse o governador. - Há todo um reconhecimento do esforço, tanto do governo do ex-presidente Lula quanto o de Dilma, na área social, que é preciso aperfeiçoar.

Campos nega plano de poder

Segundo Campos, os debates ajudariam na retomada do crescimento, na preservação do mercado de trabalho, e a conter a inflação.

- Falam que isso é um plano de poder mas, sinceramente, não é esse o objetivo - disse, ao afirmar que seu partido faz política com "P" maiúsculo:

- O PSB está fazendo o maior esforço para fomentar a discussão política com P maiúsculo. O mundo inteiro está discutindo o futuro, e é isso que estamos fazendo.

Para o governador, o PSB apenas toma uma "atitude de responsabilidade".

Fonte: O Globo

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