terça-feira, 23 de abril de 2013

Como se a eleição fosse a pouco meses

Pré-candidatos criticam a antecipação do processo eleitoral do ano que vem, mas todos já estão atuando

Dilma, Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva já entraram em campo

SÃO PAULO - Direta ou indiretamente, todos os pré ou potenciais candidatos à Presidência da República já reclamaram da exagerada - mas não inédita - antecipação da disputa eleitoral de 2014.

Apesar disso, nenhum dá sinais de desaceleração. Pelo contrário. Na agenda, nas articulações e nas declarações públicas, os pré-candidatos atuam cada vez mais como se estivessem a poucos meses do pleito.

A cerca de um ano e seis meses da eleição, o quadro de concorrentes parece consolidado: a presidente Dilma Rousseff (PT) deve disputar a reeleição contra um franco opositor, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB); um "descolado" da base aliada, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB); e uma dissidente do atual consórcio do poder, a ex-ministra Marina Silva, agora engajada na viabilização de um novo partido, a Rede Sustentabilidade.

Nesse cenário, também já é possível listar as vantagens objetivas e, principalmente, as fragilidades evidentes de cada desafiante.

Com a popularidade em alta, 58% das intenções de voto na última simulação do Datafolha, maior arco de alianças e maior capacidade de arrecadação de recursos para a campanha, é difícil achar alguém que coloque em dúvida o favoritismo de Dilma.

Seus maiores riscos, pelo menos por enquanto, estão na gestão da economia, já que o país cresce em ritmo menor na comparação com o período anterior, de Lula.

Aécio e Campos têm gestões bem avaliadas em seus currículos, mas ainda enfrentam questionamentos em seus próprios partidos e tendem a ter muito mais dificuldades para fazer alianças. Mas a situação mais complicada é a de Marina. Mesmo sendo bem sucedida na criação da Rede, ela teria o menor tempo na TV.

O senador Aécio Neves e o governador Eduardo Campos têm utilizados como principal estratégia eleitoral as constantes críticas ao governo federal. O mineiro tem sido mais incisivo em seus discursos, ressaltando, especialmente, os problemas econômicos do país e as carências dos municípios.

Já Campos tem adotado um tom mais amenos, mas tem cobrado da presidente Dilma iniciativas voltadas para a região Nordeste. Na condição de ainda aliado de Dilma, Campos tem explicado que as críticas são construtivas.

Fonte: O Tempo (MG)

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