segunda-feira, 8 de abril de 2013

Roberto Freire: "PPS e Eduardo têm ideia coincidente"

Retorno a PE

Não há problema de voltar, o problema é não ter nenhum sentido. Não é fácil sair para ser eleito em São Paulo. Isso poucos fazem. Mas tem alguns recalcados que ficam menosprezando. São poucos os exemplos no Brasil dos que saem de um Estado menor para um Estado maior e se elegem. (...) Eu não tenho (intenção de voltar). Os argumentos apresentados pelo partido para eu fazer a mudança (para São Paulo) continuam válidos.

2014

Estamos tentando construir uma alternativa, criar um bloco alternativo ao sistema de forças que está no governo, levando em consideração dois aspectos fundamentais. Um é a defesa da democracia. Não é que se encontra ameaçada, mas é por eles (governo) não muito respeitada. (...) Outro aspecto é que a República não é devidamente respeitada por esse governo e pelo PT. Basta conhecer o que fazem com o Supremo em função desse julgamento do mensalão. A tentativa de, reiteradas e reiteradas vezes, manter os "mensaleiros" no governo calados e sempre tentando desmoralizar a alta corte de Justiça do País. Isso é evidentemente um atentado à República. Com esse objetivo e mais um projeto econômico para o País, que nós não temos e que é agravado pela incompetência de gestão do governo atual e do anterior (de Lula).

Eduardo

(O governo Eduardo) Tem um projeto desenvolvimentista. Lula fez uma opção nitidamente por outro modelo, o modelo consumista. (...) São preocupações que o governador Eduardo Campos tem demonstrado. Inclusive as suas últimas intervenções são muito claras, a discussão de coisas mais estruturantes. (...) Nessa ambiguidade de opções, você encontra o governador com uma ideia mais desenvolvimentista, e isso coincide razoavelmente com o que pensa o PPS, mas o PPS está discutindo.

Aécio

Representa o maior partido de oposição, fez um excelente governo em Minas, é um bom gestor e politicamente é um democrata. Vejo (sua candidatura) como muito importante para o País. O PPS saúda. (...) Ele tem uma identificação bem maior com aqueles que foram responsáveis pela política econômica do governo Fernando Henrique. Mas faltou aquilo que parece que aqui (em Pernambuco) tem: um projeto de desenvolvimento. A crítica que ele faz é justa, mas muito vinculada à irresponsabilidade do atual governo. Mas o PPS ainda não decidiu (quem vai apoiar).

Serra

Não tem nada de concreto. A única coisa que tem certo fundamento é essa possibilidade (de trocar o PSDB pelo PPS), porque o convite já foi feito há muito tempo. E há um incômodo, evidente, de Serra dentro do PSDB. (...) (A hipótese de que José Serra disputaria o governo de São Paulo pelo PPS) É especulação, há invencionice nessa tese. Para governador, o PPS está com Geraldo Alckmin. Em São Paulo, nós estamos muito bem, inclusive junto com o PSB, o que não atrapalharia em nada uma posição que fosse porventura com Eduardo, até porque o PSB também está com Alckmin. (...) Serra não vai sair do PSDB para ser candidato contra Alckmin, isso não existe. Isso seria um total contrassenso.

Marina

Eu diria que tem dentro do PPS setores que simpatizam com Marina Silva e, inclusive, nós oferecemos a ela o PPS quando ela estava buscando um partido. (...) Nós estamos iniciando uma enquete com os nossos militantes para saber o que é que ele pensa para presidente da República. Nós colocamos alguns nomes, um deles foi o de Marina. Vamos ver o que é que pensa a militância do partido em termos de candidatura. São pensados (pelo PPS), em ordem alfabética: Aécio, Eduardo, Serra e Marina.

Fonte Jornal do Commercio (PE)

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