quarta-feira, 26 de junho de 2013

Aécio e Marina atacam pacote da presidente

Tucano diz que governo Dilma Rousseff terceiriza responsabilidades. Ex-ministra crê que presidente foi orientada

BRASÍLIA - Prováveis adversários da presidente Dilma Rousseff na eleição de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e a ex-senadora Marina Silva (sem partido) criticaram ontem a proposta de realização de plebiscito para a reforma política. Para os dois, Dilma adota velhas práticas políticas para reagir aos protestos.

Em pronunciamento no Senado, Aécio disse que Dilma terceiriza responsabilidades e não enfrenta, de fato, as reivindicações. "O Brasil velho, do qual a presidente Dilma faz parte, tende sempre a terceirizar as responsabilidades. É preciso que a presidente diga ao País qual é a reforma política que ela considera adequada", disse o tucano.

Para Marina, a atitude de Dilma baseou-se em um um modelo reativo, tradicional, com um discurso orientado por profissionais do marketing que não surtiu efeito.

Líder do PSDB, o senador Aloysio Nunes disse que Dilma assumiu promessas de terrenos na Lua ao sugerir o plebiscito para se eximir-se de suas responsabilidades.

Aliado de Dilma, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) disse que a Constituinte "é um mecanismo chavista de governar", em referência ao falecido líder venezuelano Hugo Chávez. "Não apoiamos, nem estamos de acordo com a convocação do plebiscito. É de conteúdo demagógico".

Congressistas também reagiram ao pacote de votações anunciado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Eduardo

Evitando polêmicas sobre a realização de uma eventual processo Constituinte, o governador Eduardo Campos (PSB) - também presidenciável - avaliou como positiva a reunião convocada pela presidente Dilma Rousseff, anteontem. "É importante entender o que vem das ruas, interpretar o fato político, respeitar, dialogar com o movimento, entendendo que exigir respostas de curto e longo prazos. Por exemplo, não há como financiar a melhoria no atendimento à Saúde se não colocarmos mais dinheiro", disse o socialista.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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