quinta-feira, 13 de junho de 2013

Depois da pesquisa, Rocinha ganha PAC 2 sem concluir PAC 1

A presidente Dilma anuncia amanhã R$ 1,6 bilhão em obras do PAC 2 para a Rocinha. Mas a comunidade ainda espera conclusão de projetos do PAC 1.

Rocinha terá R$ 1,6 bi do PAC 2

Mas obras do PAC 1 se arrastam desde 2008. Plano inclinado ficou só no esqueleto

As comunidades da Rocinha, do Jacarezinho e do Complexo do Lins receberão R$ 2,66 bilhões do PAC 2 para investimento em obras de infraestrutura, habitação e construção de equipamentos urbanos. O anúncio será feito amanhã pela presidente Dilma Rousseff no Complexo Esportivo da Rocinha, favela que terá a maior fatia dos recursos: R$ 1,6 bilhão. A novidade, no entanto, chegará à Rocinha sem que tenham sido concluídas todas as obras do PAC 1 por lá. Iniciadas em março de 2008 com previsão de término para o fim de 2010, as intervenções foram interrompidas em dezembro de 2011, antes da finalização do plano inclinado, do mercado popular e de uma creche, e ainda faltando a urbanização do Largo dos Boiadeiros. Segundo a Secretaria estadual de Obras, responsável pela aplicação dos recursos do PAC, essas obras foram retomadas no mês passado e acabarão até novembro.

A mesma secretaria havia anunciado, em novembro de 2012, um outro prazo de término dos projetos que ficaram pelo caminho e estão orçados em R$ 22,5 milhões: meados de julho. Agora, para conseguir que o PAC 2 na Rocinha venha, de fato, depois do PAC 1, será preciso fazer valer a nova meta, já que a previsão do Ministério das Cidades é licitar os projetos do PAC 2 até o fim deste ano.

A nova fase de investimentos na comunidade é mais abrangente e tentará resolver alguns gargalos de infraestrutura da Rocinha. A comparação entre o valor previsto agora (R$ 1,6 bilhão) e o montante investido no PAC 1 dá ideia da diferença: na primeira etapa, os recursos aprovados somaram R$ 278,8 milhões, dos quais foram liberados 78%, equivalentes às obras executadas, segundo o Ministério das Cidades.

- No PAC 1, concentramos a urbanização na Rua 4, escolhida para ser uma área exemplar na comunidade, além de erguer equipamentos como o complexo esportivo. Agora, será uma intervenção muito mais ampla, que beneficiará a favela inteira, seguindo as diretrizes do plano diretor de 2008, com algumas adaptações. A maior parte dos recursos irá para sistemas de drenagem, esgoto, água e luz nos pontos centrais da Rocinha - diz Miriam Gleitzmann, arquiteta da Empresa de Obras Públicas do estado (Emop), uma das responsáveis pelo PAC.

Fonte: O Globo

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