domingo, 28 de julho de 2013

Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo

Larga a mão
A presidente Dilma Rousseff participa hoje do encerramento da Jornada Mundial da Juventude, em Copacabana, ao lado dos aliados Sérgio Cabral (PMDB), o governador mais mal avaliado na última pesquisa do Ibope, com 12%, e o prefeito Eduardo Paes (PMDB), que não cansa de dar explicações sobre o colapso dos serviços prestados à população e aos peregrinos durante o evento. Se pudesse, Dilma evitaria uma foto ao lado dos dois.
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Mas trair e coçar é só começar, diz o ditado popular. O PT largou a mão de Sérgio Cabral já faz tempo, só não anunciou o rompimento porque Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm compromissos com o governador fluminense, desde a campanha da reeleição. A seção fluminense da legenda aposta mesmo na candidatura do senador Libdberg Faria (PT). Com isso, o acordo com Cabral em torno da candidatura do vice Luiz Fernando Pezão está em vias de tornar-se letra morta.
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Dilma gosta de Pezão, sempre viu sua candidatura com simpatia, mas já não está em condições de alavancar ninguém na campanha eleitoral de 2014, como o ex-presidente Lula fez com alguns aliados e petistas, inclusive ela própria, nas eleições de 2010. Na avaliação dos petistas, o desgaste da dupla Cabral e Paes, pelo contrário, seria responsável pela abrupta queda de Dilma nas pesquisas no Rio de Janeiro.

Encomendas// A antecipação da campanha eleitoral foi uma fria para todo mundo — exceto para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Quem está no governo terá que reduzir a distância entre as promessas de campanha e os resultados administrativos, para se reeleger ou fazer o sucessor. Ou seja, o foco é a gestão, e não a campanha antecipada.

Ninguém entende
O corpo diplomático estrangeiro em Brasília está perplexo com o que ocorre no país, e é cobrado pelas respectivas chancelarias a dar explicações. Os fatos recentes não condizem com a imagem construída pelo governo brasileiro, na economia e nos aspectos social e político. O pior é que ninguém consegue esclarecer o que está acontecendo, a começar pelo Itamaraty.

Passe livre
Goiânia adotou o passe livre. Estudantes matriculados em qualquer nível de ensino, das redes pública e privada, poderão usar gratuitamente o transporte coletivo da cidade. O projeto que cria o benefício estudantil foi aprovado pela prefeitura e deve ser publicado no Diário Oficial do município amanhã.

Automóveis
O setor automotivo, apesar da saturação das cidades devido ao transporte individual, continua sendo o carro-chefe da indústria. Segundo a Anfavea (associação dos fabricantes), nos primeiros seis meses do ano, foram emplacados no país 1,85 milhão de carros

Verde
A propósito, a ex-ministra Marina Silva, cada vez mais metabolizada com as ruas, tenta convencer o ex-deputado Fernando Gabeira (PV) a candidatar-se ao governo do Rio de Janeiro, garantindo-lhe um palanque robusto nas eleições fluminenses. Gabeira, hoje, dedica-se mais ao jornalismo do que à política.

Saúde
Outro que está em busca de um palanque no Rio de Janeiro é o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Conversa com o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão (foto), cujo desempenho na pasta, durante o governo Lula, foi mais bem avaliado do que o de Alexandre Padilha, atual ministro. Com a mudança de governo, após ser substituído na pasta, Temporão trocou o PMDB pelo PSB.

Sem-teto/ O governador Jaques Wagner (PT-BA) entrega hoje, durante café da manhã na Vila Perseverança, dois prédios, com 30 apartamentos, a 60 famílias do Movimento dos Sem-Teto de Salvador (MSTS). Os imóveis têm dois quartos, sala, cozinha, sanitário e área de serviço, sendo quatro deles adaptados para pessoas com deficiência. Todas têm renda de até três salários mínimos.

Empregos/ Na contramão da economia brasileira, que gerou 826.168 novos empregos, de janeiro a junho, os bancos privados fecharam 1.957 postos de trabalho. A Caixa Econômica Federal foi a única instituição que apresentou saldo positivo: 2.804 empregos.

Salários/ A rotatividade joga para baixo a renda dos bancários: o salário médio dos admitidos no primeiro semestre foi de R$ 2.896,07, contra a média de R$ 4.523,65 dos afastados. Ou seja, menos 36% na remuneração.

Fonte: Correio Braziliense

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