sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Aécio admite palanque duplo com Campos em SP e Minas

Em Pernambuco, tucano defende 'nova agenda' com governador do PSB

Após almoçar com deputados paulistas, senador propõe acordo de 'respeito mútuo' com potencial rival em 2014

Daniel Carvalho e Paulo Gama

RECIFE e SÃO PAULO - O senador e provável candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou ontem, no Recife, que gostaria de construir uma "nova agenda" para o país ao lado de outro presidenciável, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

O tucano, que participou de jantar na casa de Campos, disse ainda "não ver dificuldades" em formar palanques duplos com o pernambucano em "alguns Estados".

Aécio disse que sua visita a Campos era uma cortesia. Mais cedo, o governador pernambucano disse que o mineiro viajava a Pernambuco em "missão partidária".

"Temos uma convivência com o PSB em muitos Estados, a começar pelo meu próprio. Em Estados como São Paulo essa parceria é muito sólida. Não vejo dificuldade nenhuma em alguns Estados estarmos juntos no mesmo palanque", afirmou Neves.

Aécio disse haver "respeito mútuo" entre os dois.

"Nunca escondi que gostaria muito de um dia estar construindo uma nova agenda para o Brasil, iniciando um novo ciclo de eficiência na gestão pública, de ética, de transparência e resultados concretos ao lado do governador Eduardo Campos", disse.

Aécio procurou ressaltar semelhanças com Campos e criticou o governo Dilma Rousseff. "Há pouca generosidade do governo federal no respeito à Federação. E esse é um discurso que tem unido a mim e o governador Eduardo", afirmou.

Ao final do encontro, Campos procurou sublinhar que ele e o tucano estão em "campos políticos diferentes". "Não necessariamente a gente tem que concordar sobre tudo ou estar no mesmo espaço político. Acho que a gente pode construir e ajudar a construir no Brasil uma nova prática política."

Apetite

Mais cedo, Aécio reuniu 18 dos 22 deputados do PSDB paulista em almoço na região dos Jardins, em São Paulo. Na ocasião, minimizou divergências com o ex-governador José Serra. Disse que ele tem "papel vital no encerramento desse ciclo de governo do PT" e que espera que essa função seja desempenhada "dentro do PSDB".

Serra também pleiteia a candidatura presidencial.

Fonte: Folha de S. Paulo

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