O governo não esconde seu desconforto com o que chama de onda de pessimismo que toma conta da opinião pública.
Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu mais uma daquelas suas entrevistas com o objetivo de mudar a cabeça dos analistas e dos empresários. Enquanto se limitar a negar o que está aí e a fazer apelos do tipo "Vamos lá, gente!", os resultados desse contra-ataque serão limitados.
Os índices que se dedicam a medir o nível de confiança de empresários e consumidores vêm deslizando tobogã abaixo. As cotações das moedas estrangeiras no câmbio interno não param de subir, o que é um inequívoco sinal de piora das condições de economia e da percepção sobre ela. Apenas em agosto, a alta do dólar já é de 5%. Ontem, enquanto o Banco Central tentava conter o dólar, o ministro Mantega se empenhou em empurrar as cotações. Admitiu que a alta é boa para a indústria e que, "a curto prazo, a tendência é, talvez, de desvalorização do real". Os especialistas que se dedicam a projetar os resultados da economia continuam remarcando para baixo a evolução do PIB e, para cima, o rombo nas contas externas e a inflação.
O pessimismo, por si só, tende a piorar as coisas, porque leva os consumidores a adiar suas compras e os empresários a pisar no breque dos investimentos. No entanto, o governo não ajuda. As reações às manifestações de junho foram amadoras e irrealistas, do tipo "vamos convocar uma Constituinte; vamos fazer um um plebiscito; daqui pra a frente, teremos cinco pactos, o primeiro dos quais é o fiscal.
As distorções da economia estão se acumulando e o governo não se mostra nem um pouco disposto a enfrentá-as com realismo. Quando as autoridades se lançam às declarações para esguichar tinta cor-de-rosa sobre os fatos e sobre suas interpretações, ou então, para se reaproximar dos eleitores, não passam credibilidade. Quando da divulgação da evolução do IPCA do mês passado, a presidente Dilma saiu dizendo que "a inflação de julho é uma maravilha", sem olhar para o que vem depois. E dia 8, surpreendeu quando confessou que tem muito respeito pelo ET de Varginha.
Não é verdade que esses analistas só reclamam e não oferecem sugestões. O ex-ministro Delfim Metto, por exemplo, hoje assessor informal do governo, já apontou publicamente se não para a solução, pelo menos para um bom encaminhamento. Se o governo assumir o compromisso convincente, disse Delfim, de atingir um déficit nominal zero em três ou quatro anos, conseguirá mudar o clima geral. Dá para dizer mais: estará sendo editada a nova Carta ao Povo Brasileiro, da mesma natureza da que, em 2002, deu credibilidade e contribuiu para a vitória eleitoral do presidente Lula. (Déficit nominal zero é equilíbrio entre receitas e despesas públicas, incluídos aí os juros da dívida).
No entanto, o governo assiste perplexo à deterioração da economia e da pulsação aflita dos corações. Em vez de reagir com firmeza, vai empurrando com a barriga, aparentemente porque ainda se julga em condições de ganhar as eleições. Esse agachamento pode sair caro.
Linhas de defesa - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, já anunciou leilões de linha de moeda estrangeira. Até agora não usou esse recurso. Trata-se da segunda linha de defesa contra a escalada indesejável das cotações: o Banco Central entrega dólares com o compromisso do tomador de devolvê-los no prazo combinado. A primeira linha de defesa, os leilões de swaps, não está segurando. E a terceira, a venda física de dólares, é o último recurso.
Fonte: O Estado de S. Paulo
1. Tema Em Análise: Não há fundamento para pessimismo com a economia, diz Mantega. Será que o Ministro da Fazenda está correto? Será que o Ministro da Fazenda está errado? Os fatos econômicos e financeiros, do Brasil e do resto do mundo corroboram a visão do Ministro da Fazenda?
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A) Esta análise está disponível no link (Parte 1) https://www.facebook.com/notes/rogerounielo-rounielo-fran%C3%A7a/n%C3%A3o-h%C3%A1-fundamento-para-pessimismo-com-a-economia-diz-mantega-parte-01/619959831377786 e no link (Parte 2) https://www.facebook.com/notes/rogerounielo-rounielo-fran%C3%A7a/n%C3%A3o-h%C3%A1-fundamento-para-pessimismo-com-a-economia-diz-mantega-parte-02/619963871377382
B) Fonte de inspiração desta análise foi citada no link https://www.facebook.com/notes/rogerounielo-rounielo-fran%C3%A7a/reflex%C3%B5es-sobre-a-cria%C3%A7%C3%A3o-absoluta-as-dimens%C3%B5es-e-o-movimento-o-verdadeiro-ponto/612806095426493, intitulado “Reflexões Sobre a Criação Absoluta. As Dimensões e o Movimento”.
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2. O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz que não há fundamento para pessimismo com a economia, conforme matéria, em anexo, intitulada “Não há fundamento para pessimismo com a economia, diz Mantega”, divulgada pelo Valor Econômico, em 16/08/2013, disponível no link http://www.valor.com.br/brasil/3236110/nao-ha-fundamento-para-pessimismo-com-economia-diz-mantega
3. O fato é que se o Ministro da Fazenda estiver correto, o Brasil estaria perdendo a oportunidade de se manter na rota do crescimento, já que os demais países, do mundo, afundam em uma grave crise econômica e financeira, conforme demonstram os dados e fatos, do Brasil e do mundo, citados abaixo e o Brasil, no caso de o Ministro da Fazenda estar correto em suas avaliações, poderia se aproveitar da fraqueza dos demais países do mundo para tirar vantagens para si próprio.
4. Para essa hipótese de o Ministro da Fazenda estar correto e toda a sociedade brasileira estar errada no seu pessimismo com a economia, seria necessário que a economia do Brasil funcionasse independentemente da economia dos demais países do mundo o que, na prática, não é verdadeiro não é mesmo? É uma ilusão econômica acreditar que enquanto a economia do mundo vai mal a economia do Brasil não sofre efeitos negativos.
5. Qual é o problema de, eventualmente, o Ministro da Fazenda errar e a sociedade brasileira acertar no seu pessimismo com a economia? Aparentemente nenhum, mas só aparentemente!
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ResponderExcluir6. Quando uma autoridade econômica do calibre de um Ministro da Fazenda vislumbra a realidade econômica, do Brasil e do mundo, de uma forma positiva e a realidade econômica, do Brasil e do mundo, está de outra forma (muito negativa, tendendo para o colapso do modelo civilizatório, baseado no egoísmo humano), de fato, o que ocorre é uma falsa impressão da realidade por parte do Ministro da Fazenda, fazendo com que as políticas macroeconômicas, brasileiras, sejam adotadas em desacordo com a realidade do mercado, interno e externo.
7. Uma tal deformação da percepção da realidade, por parte do Ministro da Fazenda, pode ser fatal para todas as famílias do Brasil, já que essa autoridade econômica, em função da sua falsa percepção da realidade, deixa de definir políticas macroeconômicas defensivas, para o Brasil, no presente, para proteger o Brasil, os brasileiros e suas famílias, no futuro próximo, dos efeitos mais severos do colapso do modelo civilizatório, baseado no egoísmo humano. Esse é o problema!
8. Fácil de entender por que os problemas da economia do mundo e, principalmente, por que os problemas, na China, vão varrer a economia do mundo, negativamente, em pouco tempo, e, por via de consequência, prejudicarão mais do que o necessário a economia do Brasil, que não faz, no presente, por intermédio do Ministério da Fazenda, nada para se prevenir dos efeitos negativos, no futuro próximo, do colapso do modelo civilizatório baseado no egoísmo humano.
9. A China é mais ou menos como você abrir a torneira de água quente e de água fria, em um chuveiro, de hotel, ao mesmo tempo. No início, a água do chuveiro é fria, muito fria, apesar de a torneira da água quente estar aberta.
10. Então, o que muitos fazem? Abrem, mais ainda, a torneira da água quente, mas a água que sai do chuveiro continua fria.
11. Depois de alguns segundos, os menos avisados deixam de prestar atenção na água fria que sai do chuveiro e essa água, de repente, sai fervendo e queima o rosto daqueles que ignoram a defasagem que existe entre o ato de abrir a torneira de água quente e a água do chuveiro, efetivamente, sair quente.
12. Em economia há o mesmo “efeito defasagem” entre abrir a torneira de água quente e a água do chuveiro, de fato, ficar quente, sobre o qual discorremos no item anterior.
13. Tomam-se decisões macroeconômicas hoje (abrir a torneira de água quente), mas nada acontece, de fato, no curto prazo (a água continua fria).
14. Muito tempo depois que as decisões macroeconômicas foram tomadas, na China, os efeitos das decisões macroeconômicas, tomadas, no passado, na China, se materializam, no futuro (a água do chuveiro, finalmente, sai fervendo e queima o mundo inteiro).
CONTINUA
CONTINUAÇÃO:
ResponderExcluir15. O Brasil perderá bilhões e bilhões de reais, no futuro, próximo, por que o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, brinca, no presente, de ser Ministro da Fazenda, buscando fazer política ao tentar convencer os agentes econômicos de que está tudo bem, com vistas às eleições Presidenciais de 2014, ao invés de definir políticas macroeconômicas defensivas, para o Brasil, no presente, para proteger o Brasil, os brasileiros e suas famílias, no futuro próximo, dos efeitos mais severos do colapso do modelo civilizatório, baseado no egoísmo humano.
16. Listamos, abaixo, 42 fundamentos pelos quais estamos autorizados a levantar a hipótese de, eventualmente, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega estar equivocado em suas avaliações da economia do Brasil e do mundo, todos detalhados nos itens abaixo:
1.) “Sinal Amarelo Para a Dívida Bruta Brasileira (Soma do Endividamento, em Títulos e Bancário, Interno e Externo, dos Governos”.
2.) “Índia limita saída de capital para conter desvalorização”.
3.) “A Crise do Sistema Financeiro Internacional e a Crise da Economia Mundial”.
4.) “8 SINAIS DE QUE ESTAMOS À BEIRA DO APOCALIPSE ECONÔMICO, SEGUNDO RAOUL PAL”.
5.) “Bolha nos EUA Está Prestes a Explodir, Diz Bill Gross, Fundador da Pimco”.
6.) “Modelo chileno está por um fio, adverte economista”.
7.) “Editorial da Folha de São Paulo “A indústria de Dilma”. Análise Crítica - Parte 1”.
8.) “Famílias comprometem 64% da renda anual, diz MF. Comprometimento de mais de 100% da disponibilidade das famílias e organizações”.
9.) “Risco de colapso do mercado de ações Chinês. Aumento de calotes assombra financeiras de varejo. Lucro da Vale recua quase 60%”.
10.) “Contêiner leva 21 dias para ser liberado após chegada em Santos”.
11.) “Nadando pelado”.
12.) “Bolha nos EUA Está Prestes a Explodir, Diz Bill Gross, Fundador da Pimco”, divulgada em 30/05/2013, no link https://www.facebook.com/notes/rogerounielo-rounielo-fran%C3%A7a/bolha-nos-eua-est%C3%A1-prestes-a-explodir-diz-bill-gross-fundador-da-pimco/583747854998984, segundo a qual “dependente do crédito, bolha nos EUA está prestes a explodir, diz Bill Gross, fundador e co-oficial de gestão da Pimco, a gestora do maior fundo de títulos de dívida do mundo”, usando a metáfora da Supernova para abordar o cenário de investimentos nos Estados Unidos.
13.) “China. Atraso no pagamento de empréstimos cresce 80%. Dívida pública mundial aumentou 65%, desde a crise”.
14.) “Siderurgia chinesa inunda o mundo de aço”.
15.) “China é sufocada por estoques de mercadorias".
16.) “Crise provoca excesso de aço chinês".
17.) “Esfriamento da economia chinesa derruba mercado de ferro e aço”.
18.) “Vídeo - Valor Econômico - "O Efeito China" - Quedas, brutais, nas vendas de minério de ferro e petróleo para a China”.
19.) “Excesso de capacidade produtiva é ameaça significativa à China. Indústria pesada está entre as mais afetadas”, divulgada em 20/06/2013, no link https://www.facebook.com/notes/rogerounielo-rounielo-fran%C3%A7a/excesso-de-capacidade-produtiva-%C3%A9-amea%C3%A7a-significativa-%C3%A0-china-ind%C3%BAstria-pesada-/593359194037850
20.) “Riscos de um pouso turbulento (Na China)”.
21.) “Alerta sobre bônus de províncias da China”, divulgada em 22/04/2013, no link https://www.facebook.com/notes/rogerounielo-rounielo-fran%C3%A7a/alerta-sobre-b%C3%B4nus-de-prov%C3%ADncias-da-china/566777040029399
CONTINUA
CONTINUAÇÃO:
ResponderExcluir22.) “Saldo Comercial do Brasil com a China pode Cair 75%. Histórico do Saldo da Balança Comercial do Brasil de 2000 a 2011”.
23.) “Percepção de Mundo das Autoridades Econômicas e Financeiras, no Brasil - Parte 01”.
24.) “Exportações Brasileiras Caem 5,2% e Importações Crescem 19,7%, em Julho/2013”.
25.) “Commodities agrícolas têm forte queda no semestre”.
26.) Vide matéria, em anexo, intitulada “Brasil Perde Espaço em Seus Maiores Mercados”.
27.) “Preços de venda em queda ampliam déficit comercial”.
28.) “Perda de fôlego da economia chinesa já afeta exportações brasileiras”.
29.) “Concentração Comparada na Pauta de Exportação do Brasil”.
30.) “A MP dos Portos Sendo Utilizada Para Aumento de Importações”.
31.) “Crise entre cargueiros afeta bancos europeus”.
32.) “Demanda menor faz comércio global perder fôlego”.
33.) “Exportação cai e China já teme desaceleração maior”.
34.) “Itaú e Credit Lançam Grito de Pânico Sobre Economia”.
35.) “Indicador do BC mostra país na rota da recessão”.
36.) “Cenário para mercado de trabalho é preocupante, afirma IBGE”.
37.) “Queda em emprego informal pode antecipar recuo generalizado, diz IBGE”.
38.) “Real Situação, Econômica e Financeira, do Brasil” - Parte 1 - Link https://www.facebook.com/notes/rogerounielo-rounielo-fran%C3%A7a/real-situa%C3%A7%C3%A3o-econ%C3%B4mica-e-financeira-do-brasil-e-do-mundo-parte-1/603844102989359
39.) “Real Situação, Econômica e Financeira, do Brasil” - Parte 2 - Link https://www.facebook.com/notes/rogerounielo-rounielo-fran%C3%A7a/real-situa%C3%A7%C3%A3o-econ%C3%B4mica-e-financeira-do-brasil-e-do-mundo-parte-2/603854279655008
40.) “Causas, éticas, da inflação, no Brasil - PARTE 1”, divulgada em 27/04/2013, no link https://www.facebook.com/notes/rogerounielo-rounielo-fran%C3%A7a/causas-%C3%A9ticas-da-infla%C3%A7%C3%A3o-no-brasil-parte-1/569571373083299
41.) Façamos contas! Se 120 milhões de pessoas da nova classe média -- “O jornal informa que dados inéditos da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República mostram que a nova classe média brasileira,composta por 120 milhões de pessoas, já é o 17o mercado do mundo, consumindo mais do que a Holanda e tanto quanto a Coréia do Sul” (Fonte: link http://www.imil.org.br/blog/crescimento-governo-brasileiro-aposta-na-nova-classe-mdia/ -- ganharem, em média, R$ 1.000,00, por mês, RECURSOS JÁ TOTALMENTE COMPROMETIDOS COM O PAGAMENTO DE ELEVADAS E NUMEROSAS PRESTAÇÕES DO CARRO, GELADEIRA, TELEVISÃO, FREEZER, MICRO-ONDAS, NOVOS, CHEQUE ESPECIAL, CARTÃO DE CRÉDITO ETC. ETC., com uma inflação, real, de 15% ao ano, isto significa que o poder de compra dessa população decresce, em média, R$ 150,00 por ano e que, no final do 5º ano, essa POPULAÇÃO DE 120 MILHÕES DE PESSOAS PERDEU R$ 500,00 EM PODER DE COMPRA (R$ 750,00 DE PERDA DE PODER DE COMPRA CAUSADO PELA INFLAÇÃO MENOS R$ 250,00 DECORRENTES DE 5% DE REAJUSTE SALARIAL, POR ANO, DURANTE 05 ANOS), OU SEJA, NO QUINTO ANO, 120 MILHÕES DE PESSOAS TERÃO PERDIDO 50% DO SEU PODER DE COMPRA e estarão ganhando, em termos de poder de compra, R$ 500,00, o que, na prática, significa, potencialmente, que O BRASIL ATRAVESSARÁ SÉRIOS PROBLEMAS SOCIAIS, MUITO PIORES DO QUE AS ATUAIS MANIFESTAÇÕES, se o Governo Federal não contiver, neste momento, o crescimento das expectativas inflacionárias dos agentes econômicos.
42.) “Lucro líquido da Vale despenca quase 85% no 2º tri”, divulgada em 07/08/2013, pelo Portal Exame, no link http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/lucro-liquido-da-vale-no-2o-tri-despenca-para-r-832-mi-2
Fim