terça-feira, 6 de agosto de 2013

Manifestações refletem a insatisfação com a institucionalidade vigente, diz Jardim

Jardim: manifestações evidenciaram "vazio de poder"

Por: Luís Zanini

Ao abrir a análise política da conjuntura brasileira na reunião da Executiva Nacional do PPS, o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) avaliou nesta segunda-feira (5), em Brasília, que no centro das manifestações que tomaram conta das ruas do país a partir de junho está a “insatisfação com a institucionalidade”.

“Há um clima de insatisfação na sociedade com a institucionalidade vigente do qual devemos concentrar nossas análises sobre as manifestações das ruas”, assinalou Jardim, ao apontar o distanciamento dos partidos que, em sua opinião, não conseguiram “dialogar” com os movimentos reivindicatórios que tomaram conta do país.

Jardim disse que o “desgaste da institucionalidade vigente” não é só partidária, mas também sindical. Ele não poupou criticas ao “fracassado” ato organizado pelas centrais sindicais em julho ainda no calor das manifestações.

Para ele, a movimentação das ruas evidenciou um “vazio de poder” que trouxe como consequências a redução do “núcleo duro” do governo e o distanciamento do PMDB da base de apoio do Executivo no Congresso Nacional. “A conjuntura política é de acirramento, de derrotas e de recuos do governo, como foi a proposta do plebiscito e da constituinte exclusiva para a reforma política”, frisou.

Economia

Arnaldo Jardim disse ainda que os cenários econômicos para o Brasil não são bons. “O clima é de desalento na economia e nos investimentos, porque as Parcerias Público-Privadas e as concessões [de aeroportos e rodovias] podem não dar certos pelos equívocos do próprio governo”, afirmou.

Na visão do parlamentar, a conjuntura econômica e política poderá se acirrar com o retorno das manifestações, em especial a que está sendo programada pelas redes sociais para o dia 7 de Setembro. Ele avaliou também que esse quadro vai aumentar as dificuldades político-eleitoral da presidente Dilma Rousseff para 2014.
O parlamentar propôs que o PPS organize debates, seminários e encontros com especialistas para avaliar as manifestações que ocorreram na maioria das grandes e médias cidades brasileiras.

Candidaturas

O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), disse na reunião que o partido não exclui o apoio a nenhuma das atuais candidaturas ao Palácio do Planalto, nem mesmo uma “alternativa própria”. “Não estamos fechados a nada”, afirmou.

Diretório definirá datas de Congressos

O Diretório Nacional do PPS definirá, em reunião ordinária no próximo dia 19 de agosto, o novo calendário para a realização dos Congressos Municipais, Estaduais e Nacional da legenda. A decisão foi tomada nesta segunda feira pela Executiva Nacional do partido, em Brasília. No encontro também serão debatidos a conjuntura política nacional.

Comissão Eleitoral

Na reunião, a Executiva também definiu a constituição da Comissão Nacional Eleitoral. Ela será composta pelos dirigentes Paulo Elisário, Wolber Jr, Claudio Vitorino e os deputados federais Rubens Bueno (PR) e Carmen Zanotto (SC).

FAP

No encontro ainda ficou definido os representantes do Diretório Nacional que analisarão o contrato de gestão da Fundação Astrojildo Pereira (FAP). A comissão será integrada por Régis Cavalcante e Wober Jr.

Congresso Nacional

Os integrantes da Executiva debateram também os prováveis locais para a realização do XVIII Congresso Nacional do PPS. Além das cidades de São Paulo e Curitiba foi sugerida a capital capixaba, Vitória, como possível sede do encontro.

Tema para o Congresso

Ficou definido na reunião que o Diretório vai analisar a proposta de tema para o Congresso Nacional que tem como diretriz “Uma Nova Agenda Para o Brasil – Nova Política, Nova Economia, Novo Governo”.

Fonte: Portal do PPS

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