sábado, 3 de agosto de 2013

Painel - Vera Magalhães

Efeito Donadon
Advogados do mensalão e ministros do STF acreditam que o presidente da corte, Joaquim Barbosa, pode levar antes do dia 14 ao plenário a decisão sobre se cabem ou não embargos infringentes no julgamento. A defesa de Delúbio Soares antecipou a discussão desse recurso. Os réus estão pessimistas com o precedente do ex-deputado Natan Donadon. Acham que os ministros podem considerar os recursos protelatórios e mandar expedir os mandados de prisão dos condenados.

Nova ordem O regimento interno do STF estabelece que, nas ações penais originárias, como o mensalão, não há revisor nos embargos. Desta forma, Ricardo Lewandowski não será o segundo a votar, mas o oitavo. Depois de Barbosa votarão Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki.

In loco Casada com a orientação dada a ministros para viajar, Dilma Rousseff vai priorizar nas próximas semanas inaugurações de obras em quatro Estados: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, e Santa Catarina.

Resgate Não por acaso, as regiões são aquelas onde a presidente tem registrado o pior desempenho nas últimas pesquisas de aprovação.

Cruzada O governo se prepara para maior reação de religiosos neste fim de semana, quando ocorrem cultos e missas, sobre a sanção presidencial do projeto que assiste vítimas do estupro.

Sem recuo A despeito das críticas, o Planalto vai marcar reunião com evangélicos, já prevista após visita do papa Francisco, para reafirmar que não quebrou acordo feito em 2010, de que não ampliaria as possibilidades de aborto no SUS.

Onde pega Uma das razões de irritação de Dilma Rousseff com Aloizio Mercadante foi que, no entender da presidente, o titular do MEC não se empenhou para fazer prevalecer a destinação de 100% dos royalties de petróleo do pré-sal para a educação, área de sua pasta.

Construção Depois de meses recolhido e dedicado ao governo de Pernambuco, Eduardo Campos volta a falar ao empresariado. O presidenciável do PSB será estrela de almoço do Secovi-SP no dia 22 sobre conjuntura nacional.

Sintonia José Serra pediu informações à cúpula do Palácio dos Bandeirantes antes de reagir às denúncias de formação de cartel nas licitações do metrô e trem de São Paulo. As duas partes concordaram com a linha de destacar a motivação política do Cade na investigação.

De perto O governo paulista estuda uma manobra jurídica para retirar as investigações de dentro do Cade. Auxiliares de Geraldo Alckmin (PSDB) buscam uma jurisprudência que determine a remissão dessas apurações para instituições regionais.

Torcida 1 A preferência interna do PT por Alexandre Padilha para ser o candidato ao governo paulista encontra resistência da parte de alguns aliados.

Torcida 2 O PR, que negocia também com o PSDB de Geraldo Alckmin, tem dito à cúpula petista que preferiria apoiar Aloizio Mercadante ou Marta Suplicy.

#vemprarua Alvo de críticas da oposição, o prefeito Fernando Haddad (PT) ampliou sua agenda pública nas últimas semanas para acompanhar a execução de obras e programas do município. Só ontem, participou de quatro eventos fora da prefeitura.

Time Alfredo Manevy é o novo número dois da Secretaria de Cultura paulistana. Ele trabalhou com o titular da pasta, Juca Ferreira, no Ministério da Cultura.

Fácil O governo federal prepara pacote para reduzir a burocracia dos contratos trabalhistas. O ministro Guilherme Afif (Micro e Pequena Empresa) vai apresentar às centrais sindicais proposta de aplicar as regras do Simples Nacional a esses contratos, unificando tributos e trâmites administrativos.

Com Andréia Sadi e Bruno Boghossian

Tiroteio

"Em vez de explicar as denúncias graves, o PSDB se volta contra o órgão que investiga o que o próprio governo deixou de apurar."
DO DEPUTADO ESTADUAL ÊNIO TATTO (PT-SP), sobre a acusação do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) de que o Cade atua como "instrumento político".

Contraponto

Vaga preferencial

"No lançamento do Fórum Mundial de Direitos Humanos, Garibaldi Alves (Previdência) prometeu ser breve:

--Vou falar dois minutos, conforme prometi à Maria do Rosário, a segunda ministra mais temida da Esplanada.

Diante da surpresa de todos, o ministro complementou:

--O primeiro é o Mantega, que cuida do dinheiro e dos cortes. A segunda é a Maria do Rosário, que me cobra a implementação dos direitos humanos, em especial dos idosos.

Fonte: Folha de S. Paulo

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