quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Presidente do PT do Rio diz que em dez dias partido decide quando sai do governo Cabral

Encontro para debater questão teria sido esvaziado

Juliana Castro

Em até dez dias, o PT do Rio vai decidir a data em que entregará os cargos que tem na gestão do governador Sérgio Cabral (PMDB). O presidente da sigla no estado, Jorge Florêncio, afirmou que esse é o prazo para ouvir as diferentes instâncias do partido, incluindo a direção nacional. No início do mês, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, declarou que a saída de petistas do governo do peemedebista ainda não estava fechada. Agora, Florêncio diz que a entrega dos cargos é certa, só falta definir o prazo.

- Vou colocar a questão da saída do governo Cabral em pauta quando conversar com todas as forças políticas, com o Lindbergh (Farias), com a Executiva nacional - disse Florêncio.

O PT ocupa duas secretarias na gestão peemedebista: a do Ambiente, com Carlos Minc, e a de Assistência Social e Direitos Humanos, com Zaqueu Teixeira. Aliados, PT e PMDB não abrem mão de ter seus candidatos ao governo do Rio. O PT quer lançar o senador Lindbergh Farias e o PMDB, o vice-governador Luiz Fernando Pezão.

Os petistas adiaram uma reunião no início do mês, em que selariam o destino da relação com o governador. Anteontem, um novo encontro da Executiva estava marcado, mas ocorreu apenas informalmente, porque não houve quorum.

Alguns petistas afirmaram que um grupo ligado ao vice-presidente nacional do partido, Alberto Cantalice, que é do Rio, esvaziou a reunião, para que ela não tivesse quorum. Assim, não haveria o risco de ser votada a saída do governo Cabral, mesmo que o assunto estivesse oficialmente fora da pauta. Dos 21 membros da Executiva estadual, apenas 11 assinaram a lista de presença até o horário permitido. Cantalice negou ter esvaziado o encontro:

- A gente acha que a questão tem que ser discutida no momento certo, com muita calma. Não houve esvaziamento (da reunião). O encontro foi marcado num horário, e parte das pessoas entendeu que era outro.

Fonte: O Globo

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