quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Eduardo monta linhas de ação

SÃO PAULO - O governador Eduardo Campos (PSB) escolheu ao menos duas linhas de atuação para tentar transformar o discurso crítico à política econômica do governo federal em um trunfo para se viabilizar como alternativa na sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2014. A primeira linha visa desmontar a tese de que o perfil gerencial de Dilma facilitaria o crescimento do País e a segunda é apostar na expectativa de crescimento baixo da economia brasileira para se posicionar como candidato a presidente.

"Quando economia anda bem, é difícil se colocar como uma alternativa eleitoral. Mas os números disponíveis estão muito ruins", afirmou o presidente do PSB de São Paulo, deputado Márcio França, defensor da candidatura. "Se a expectativa da economia está baixa agora é porque ela vai continuar mal no próximo ano", projetou.

Aos poucos, Eduardo amplia as críticas ao perfil de boa gestora da presidente. O viés gerencial foi utilizado pelo ex-presidente Lula para eleger Dilma como sua sucessora, em 2010, sem ela ter disputado uma única eleição antes. No dia 26 de agosto, em reunião fechada em São Paulo, o governador falou que Dilma não é a líder que aponta caminhos para o País.

Para o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, Eduardo cobra nas palestras a empresários ações do governo para restabelecer a confiança do empresariado. "No Brasil ainda não se despertou o ânimo animal de investimentos dos empresários, apesar das concessões feitas".

Análise
Eduardo atribuiu ao ex-ministro da Fazenda e agora secretário de Saúde do Ceará, Ciro Gomes (PSB) a missão de elaborar um estudo analítico da economia brasileira para municiá-lo nos próximos passos. Além disso, o socialista já teria em seu poder ampla avaliação da situação financeira da Petrobras, feita por funcionários da estatal próximos ao PSB.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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