sexta-feira, 13 de setembro de 2013

"Não houve decisão", diz Eduardo Campos

Presidente do PSB revela que conversa com o governador Cid Gomes foi sobre temas nacionais e que não confirmou candidatura à Presidência da República

Beatriz Albuquerque

O governador Eduardo Campos (PSB) desmentiu, ontem, o suposto anúncio que teria feito ao governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), durante reunião na noite de segunda-feira. No encontro, Eduardo teria revelado ao correligionário, segundo sites de notícias, sua "disposição" de ser candidato à Presidência, em 2014. De acordo com o socialista, foram discutidas "todas as possibilidades do quadro político". "Mas não houve nenhuma decisão", garantiu.

Além de Cid, participaram do jantar o ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB), o prefeito de Fortaleza (CE), Roberto Cláudio (PSB), o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT), e o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). A conversa entre os governadores repercutiu nacionalmente, indicando que Eduardo teria dito a Cid que "se a eleição fosse hoje, seria candidato a presidente". "Hoje eu sou. Para ganhar, para perder. Para fazer 1% ou 30%", teria confessado o pernambucano ao cearense.

Porém, segundo Eduardo, os temas discutidos no jantar foram o cenário político no Ceará, a situação dos Estados, questões administrativas, economia e os contatos com lideranças de outros partidos. "Ele (Cid Gomes) mantém o entendimento da defesa da aliança (com o PT) e está interessado em seguir construindo o PSB no Ceará. Entende que é legítimo que outras lideranças do partido defendam uma posição contrária à dele. Vamos decidir tudo em consenso", esclareceu o pernambucano.

No Ceará, o PSB têm representantes em todas as esferas do Poder. Governa o Estado e nas últimas eleições conquistou a Prefeitura de Fortaleza.

Apesar de Eduardo Campos, presidente do PSB, ser apontado como um dos presidenciáveis, Cid Gomes defende que seu partido apoie a presidente Dilma Rousseff (PT), em 2014.

Segundo Eduardo, o PSB nacional faz parte de um projeto que governa o país há mais de dez anos e procura ajudar com apoio e críticas. "Sempre tivemos uma postura de solidariedade. Agora mesmo, quando se abateu uma crise política no país, vocês viram a atitude do PSB. Nós nunca tivemos uma postura de expor o governo como outros aliados procuraram fazer no momento de uma fragilidade política", disparou o governador, que vem acentuando as críticas à gestão da presidente Dilma Rousseff.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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