quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Panorama político - Ilimar Franco

Gol de placa de Aécio
O candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, foi o grande vitorioso com a criação do Solidariedade. Com o DEM fragilizado, e o PTB e o PPS batendo em retirada, Aécio ganha um aliado e recupera o tempo de TV perdido. Ao lado de Paulo Pereira da Silva, Aécio foi um dos artífices do novo partido.
Ele era um dos mais animados e sorridentes na comemoração na noite de terça-feira.

Uma festa ecumênica
Aliados da presidente Dilma festejam a criação do Solidariedade, a despeito de sua inclinação para apoiar o candidato da oposição, Aécio Neves (PSDB). O candidato do PT ao governo do Rio, senador Lindbergh Farias, foi um dos que foi à festa num bar, no Lago Sul de Brasília. O petista era um dos mais faceiros, pois terá o apoio do novo partido. Ele não é o único petista nessa situação. O presidente da Embratur, Flávio Dino, candidato do PCdoB ao governo do Maranhão, também soltou foguetes. O Solidariedade vai dar autonomia para os dirigentes regionais definirem as alianças locais. O objetivo é eleger deputados.

O voto decisivo
O ministro José Antônio Dias Toffoli, de acordo com o Solidariedade, deu o voto da virada na sessão do TSE que aprovou a criação do partido. Seus organizadores dizem que sua postura técnica e isenta foi "completamente inesperada"

"Vim só ver quem está se filiando. Esse partido pode ser uma salada de frutas. Mas pensando bem, o PMDB é uma salada de frutas"
Amir Lando, deputado (PMDB-RO), ontem, na pré-filiação ao partido Solidariedade

Na tolinha da TV
Relator da CPI do PC, que levou ao impeachment do ex-presidente Collor, o deputado Amir Lando (RO) recebeu convite do deputado Paulo Pereira da Silva para ingressar no Solidariedade. Lando reclama que o PMDB lhe dá pouco tempo de TV e que, se for para o novo partido, "serei dono da legenda" e "vou aparecer na TV todos os dias"

Abrindo as portas
A deputada Clarissa Garotinho (PR) comunicou ao deputado Romário (PSB-RJ) que, se ele se filiar, apoia sua candidatura à prefeitura do Rio. E que, para que ele não se sinta inseguro, quer vê-lo na presidência do diretório do partido na capital.

A história e os candidatos avulsos
O caso Marina Silva gera debates de toda ordem. Um deles é o dos candidatos avulsos ao Planalto. O senador Cristovam Buarque defende a tese. O Brasil já elegeu presidentes avulsos. Jânio Quadros foi eleito em 1960 e Fernando Collor, em 1989. Ambos não eram candidatos de partidos e não tinham sustentação parlamentar consistente. O desfecho de seus mandatos é conhecido.

Redução de vagas
Os senadores de Piauí, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Alagoas trabalham para aprovar decreto legislativo que revoga decisão do TSE, baseada na proporcionalidade, na qual cada um desses estados perde um deputado federal.

Costurando a maioria
Para evitar o crescimento da corrente que defende o apoio a Eduardo Campos no DEM, o PSDB vai apoiar o ex-deputado José Thomaz Nono para o governo de Alagoas. O governador tucano Teotonio Vilela vai concorrer ao Senado.

O valor. Cada deputado, para fins de distribuição de tempo de propaganda na TV, na campanha eleitoral, vale dois segundos e 34 centésimos.

Fonte: O Globo

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