quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Presidente do PT defende reação a Campos

Por Yvna Sousa

BRASÍLIA - O presidente nacional do PT e candidato à reeleição para a direção do partido, Rui Falcão, disse ontem que é preciso assumir posturas mais duras em relação aos prováveis concorrentes da presidente Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de 2014.

Sem citar nomes, Falcão fez referência ao presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e à ex-senadora Marina Silva, fundadora do partido Rede Sustentabilidade.

Em relação a Eduardo Campos, o petista declarou que sua "tolerância e paciência" estão se esgotando com as declarações do governador, atualmente aliado da presidente Dilma. "Não vamos fazer nada de maneira açodada ou movidos pela emoção. Mas nós precisamos começar a responder aos ataques que são feitos à nossa Presidência e ao nosso governo. Inclusive, mostra que tipo de aliança se pretende construir de alguém que se diz ser de esquerda buscando aliança com a direita", disse.

Já em relação a Marina Silva, Rui Falcão criticou suas "incoerências". "Uma candidata que vende pureza num dia e no outro dia busca um jeitinho no TSE [Tribunal Superior Eleitoral para registar a Rede Sustentabilidade]. Que fala em nova economia, mas chama para assessorá-la conhecidos economistas neoliberais", declarou.

"Essa disputa política nós temos que começar a fazer mais rigor, para mostrar a rigidez e a diferença do nosso projeto", defendeu Rui Falcão. O presidente do PT ressaltou ainda que as candidaturas próprias regionais podem ser deixadas de lado em prol da eleição de Dilma. "Não podemos esquecer que é uma disputa nacional. E a Presidência da República vai determinar a nossa política de aliança nos Estados", afirmou.

As declarações foram feitas durante o lançamento da chapa "Partido é Para Todos na Luta", em Brasília ontem, de apoio à candidatura de Falcão. O grupo recebeu a adesão de quatro correntes do partido. Entre elas, está a Movimento PT, que tradicionalmente lança candidaturas próprias. Há ainda apoios independentes de integrantes de outras correntes. Estiveram presentes no lançamento o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.

Fonte: Valor Econômico

Nenhum comentário:

Postar um comentário