domingo, 27 de outubro de 2013

Brasília-DF - Denise Rothenburg

A guerra da internet
Três pontos polêmicos vão nortear a discussão do Marco Civil da Internet, que tranca a pauta da Câmara a partir de amanhã. E, por incrível que pareça, todos eles opõem o Google a alguém.

1) Neutralidade da rede. As teles querem vender pacotes com diferentes velocidades aos usuários. O governo e o Google são contra, consideram que a rede deve ser neutra, ou seja, a mesma velocidade para quem acessa vídeos ou músicas.

2) Direito autoral: se alguém posta algo de outra pessoa, basta o proprietário pedir para retirar o vídeo, capítulo de uma novela, por exemplo, e o capítulo deve sair. O Google é contra e acha que algo postado só deve sair mediante decisão judicial.

3) Armazenamento no Brasil de navegação da internet feito aqui: as empresas, como a Google, guardam seus dados nos Estados Unidos e não no Brasil, contrariando, assim, o que deseja o governo.
Diante de tantas polêmicas, certamente a semana promete. Nunca o Congresso viu tanto empresário da área de telefonia e negócios da internet transitando pela Casa.

Cadeiras &cobiça
Cresce o movimento no PT para fazer do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), candidato a governador do Rio Grande do Norte. Como os petistas acreditam ter força suficiente para eleger a maior bancada de deputados, o comando da Casa estaria liberado para um dos seus. Se Henrique ficar no cargo, pode ser candidato à reeleição, bem como Renan Calheiros (PMDB-AL) no Senado.

Padrinho
Os peemedebistas atribuem ao senador Walter Pinheiro (PT-BA) a indicação de Igor Vilas Boas à Anatel. Renan Calheiros teria apenas encaminhado o pedido. Diante disso, se confirmada a nomeação, a bancada fará corpo mole na hora de aprovar o nome do consultor no plenário.

Conversa de domingo
O comandante da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste, Marcelo Dourado, que está para deixar o posto porque é filiado ao PSB, fala à coluna sobre a disputa pelo cargo entre os aliados do governo e os projetos da região que não podem parar. Confira no site www.correiobraziliense.com.br.

"O PT quer meu pai candidato ao governo, mas meu pai fica no Senado"
Do deputado Renan Filho,a amigos no plenário da Câmara, referindo-se ao presidente do Senado, Renan Calheiros

Madrinha
A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, é apontada como alguém que atuou pessoalmente na transferência de vereadores do PSB para o Pros em São Paulo. Não é à toa que o partido, desde sua criação, é chamado de acessório do governo federal.

Nova aposta
Com o PT e a cúpula do PCdoB pressionando Flávio Dino a ficar apenas com a presidente Dilma Rousseff, o PSB se aproxima de Eliziane Gama, do PPS. Ela disputou a prefeitura de São Luís com o apoio de Marina Silva e obteve 17% dos votos. Será candidata agora ao governo estadual. Eliziane é vista como mistura da socialista Luiza Erundina, de São Paulo, e da petista Luizianne Lins, do Ceará.

Reduto/ O deputado Márcio França (PSB-SP) aproveitou a viagem ao Piauí para passar o fim de semana no Delta do Parnaíba. "Encontrei tantos paulistas que, se brincar, dá até para fazer alguma campanha por lá no ano que vem", brinca.

Pirilim-pim-pim!/ Em conversas reservadas, os petistas chamam Marina Silva de "a fadinha da floresta", aquela que, na visão deles, não aponta soluções para os problemas do país, tais como o abastecimento de energia. Os petistas consideram que, quando Marina estava fora do processo, podia falar o que quisesse. Agora que faz parte dele, não dá para ser assim.

Enquanto isso, na nova oposição.../ Depois da série de referências jocosas de petistas a Eduardo Campos e Marina, os socialistas e a turma da Rede passaram a dizer que a presidente Dilma Rousseff sempre vai aos eventos de canoa e "já chega enjoada". Se continuar nesse ritmo, a hora em que começar a campanha de fato, podem-se prever sopapos.

...E no plenário.../ Candidato a presidente do Fluminense, o deputado Deley (foto), do PSC-RJ, aproveita as intermináveis discussões e votações arrastadas até altas horas na Câmara para fazer campanha entre os vários parlamentares que são sócios do clube. Descobriu até alguns que, em seus estados torcem para um time local, mas o coração bate tricolor, com carteirinha e tudo.

Fonte: Correio Braziliense

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