sábado, 26 de outubro de 2013

Candidatos no Rio rejeitam palanque múltiplo no estado

Ideia do PT de Dilma receber todos os aliados juntos é recebida com irritação e descrédito

Cássio Bruno

A ideia de que a presidente Dilma Rousseff tenha seu próprio palanque no Rio, em 2014, e nele receba todos os seus aliados, foi recebida com ironia e irritação pelos candidatos ao governo do estado. Dilma tem quatro pré-candidatos da base à sucessão do governador Sérgio Cabral (PMDB): o senador Lindbergh Farias (PT), o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), o deputado federal Anthony Garotinho (PR) e o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB).

Lindbergh atacou os peemedebistas:

— Foi derrotada a tese do PMDB de ter um palanque único no Rio. Eles estão desgastados no meio do povo, não queriam disputar. O PMDB queria ganhar por W.O.

O senador admitiu o fato de Dilma ter quatro palanques no estado, mas não com todos os candidatos juntos.

— Não há problema algum a Dilma ter quatro palanques. Agora, todos no mesmo evento vai dar confusão. Imagina o Garotinho. Vai xingar todo mundo. Para a confusão ser ainda maior, só vão faltar os blacks blocks — brincou Lindbergh.

Pezão manteve a mesma posição do PMDB fluminense de querer exclusividade no apoio
de Dilma. Os peemebistas ainda tentam implodir a pré-candidatura de Lindbergh, apesar de Falcão já ter dito que a eleição do senador é uma prioridade para o PT. Já Garotinho é o maior desafeto político de Cabral, avalista da pré-candidatura de Pezão.

— A minha posição é a mesma. Mas está muito cedo ainda. Vamos discutir isso até a convenção, em junho do ano que vem — disse o vice-governador, descartando ter ao lado num mesmo palanque Lindbergh, Garotinho e Crivella.

Garotinho, por sua vez, lembrou que o PR ainda não tem compromisso com a reeleição de Dilma.

— Acho que você está interpretando o Rui Falcão de uma forma literal. Hoje em dia, não existe mais palanque. Existe programa de TV. Falcão quis dizer que ela estará em todos os programas de candidatos aliados. Porém, o PR ainda não fechou compromisso com a reeleição de Dilma. Isso será definido em maio do ano que vem —ressaltou Garotinho.

Procurado, Crivella não retornou.

No Rio, o PT apoia o governo Cabral, mas deverá deixar os cargos que ocupa até o fim de novembro. Para evitar constrangimentos, Dilma não subirá em palanques de nenhum candidato, segundo Rui Falcão. A presidente convidará Lindbergh, Pezão, Garotinho e Crivella para comícios dela.

— O tema será trajado após as convenções — disse Falcão, em entrevista ao portal UOL.

Fonte: O Globo

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