segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Eduardo e Lula com pesos semelhantes

Nada menos que 45% dos eleitores ouvidos admitiram votar em um candidato a governador indicado por Eduardo. Para a dupla Lula-Dilma, esse percentual foi de 42%

Os dois já foram aliados afinadíssimos, já estiveram juntos em eleições diversas, trocaram elogios à beça e, agora, apresentam-se em lados opostos. Tanto para a sucessão presidencial 2014 - quando um pretende encarar a disputa pela primeira vez e o outro estará em palanque contrário, o da reeleição da presidente Dilma -, como na sucessão estadual. Eduardo Henrique Accioly Campos (PSB), o ex-governador que deixará o governo para o desafio do voo nacional, e Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente que segue como a maior força do PT, travarão uma disputa à parte na sucessão de Pernambuco.

Esse embate ficou evidente na primeira pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, em parceria com o JC, sobre os cenários das eleições 2014 no Estado. O peso da possível influência de Eduardo e Lula na escolha do candidato a governador, pelos eleitores entrevistados, é quase o mesmo: 45% dos 2.423 dos consultados sinalizaram o desejo de votar em um candidato a governador apoiado por Eduardo, enquanto 30% responderam que "não". Com a mesma pergunta endereçada à dupla Lula-Dilma, 42% responderam "sim" e 32% "não".

Mesmo que a chamada "tese do andor" seja, sempre, questionada, o resultado sinaliza para um embate duro na sucessão estadual, num momento em que tanto o partido de Eduardo como o de Lula não decidiram ainda qual caminho adotar. O PSB, sabe-se, terá candidato próprio, mas o nome ainda não foi escolhido. E o PT, envolvido em uma briga interna há tempos, vai se envolver em outro debate: se lança nome próprio ao governo - o do ex-prefeito João Paulo é o mais citado - ou se faz aliança com o senador Armando Monteiro Neto (PTB), já firme no palanque da reeleição de Dilma, para enfrentar o ex-aliado socialista. Uma coisa, porém, parece certa: Lula estará presente na campanha de Pernambuco, depois de ignorar o palanque do PT na eleição do Recife em 2012.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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