sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Panorama político - Ilimar Franco

A expectativa
Os partidos ainda não sabem o que Marina Silva fará. A oposição espera que ela adote um plano B. O governo, que ela reafirme sua posição, e não seja candidata à Presidência. Diante de eventual ausência de Marina e da recuperação da presidente Dilma, ministros se perguntavam se poderiam voltar a sonhar com uma eleição decidida no primeiro turno.

Paulinho: "Eu não estou à venda"
O criador do Solidariedade e presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), está arrependido de ter se reunido com a ministra Ideli Salvatti. As versões do encontro, envolvendo cargos e emendas ao Orçamento, na avaliação de Paulinho cumpriram um papel: "Hoje me arrependo de ter ido. Entendi o jogo. O governo quis nos manchar com essas histórias de cargos e emendas" Admitindo ter sido inocente, conta que foi até a ministra em respeito aos parlamentares que têm relação com o governo. E, irritado, proclama: "Não trabalho com emendas. Nós não temos cargos, e eu não quero cargo. Não é por aí que o governo resolve seus problemas comigo".

"O STF definiu que quem sai leva o tempo de TV e o fundo. É um balcão de negócios: "Tu me dás aqui", "Eu te dou ali", "Tenho dois minutos e tenho tantos mil", e não sei mais o quê"
Pedro Simon
Senador (PMDB-RS), sobre a criação de partidos

O povo quer saber
O PSOL ocupou rede regional de TV ontem no Rio. O partido, entre outras coisas, deitou falação sobre o combate à corrupção e o financiamento público das campanhas. Mas ficou em silêncio sobre o que fará com a deputada estadual Janira.

Mantendo a pose
Contrariado, o ministro Leônidas Cristino (Portos) pediu demissão ontem à presidente Dilma. Ele não queria sair. A presidente queria que ele ficasse. Mas ele optou por deixar a pasta devido à manifestação pública do governador Cid Gomes (CE), que trocou o PSB pelo PROS. Cid não quer dar margem a nenhuma insinuação de fisiologismo.

Puxadinho
O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), terá de arranjar cargos e salas para os líderes dos novos PROS e Solidariedade. E está sendo aconselhado a reduzir os latifúndios dos novos nanicos: DEM, PTB e PDT.

Quem dá mais?
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB), recebeu a missão de coordenar a criação do PROS no Amazonas. Foi às pressas a Manaus para formar uma comissão provisória. Ao retornar a Brasília, recebeu ligação do presidente do PROS, Eurípides Jr. O acerto foi cancelado. O novo partido entregou o controle da legenda para o governador Ornar Aziz, que é do PSD.

Fazendo a corte
Interessados no passe de Marina Silva, pelo menos quatro partidos estavam, ontem à noite, assistindo ao julgamento sobre a criação da Rede. Estavam no plenário do TSE dirigentes do PSD e os presidentes do PPS, do PEN e do PMN.

Declaração de independência
O deputado Hugo Leal (PROS-RJ) reage à versão de que esteja sob o jugo do ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR). "Não aceito cabresto. O partido do Garotinho é o PR; o meu é o PROS, ele tem a ordem e tem o social", desabafa.

NA HOMENAGEM aos 25 anos da Constituição, na OAB, o ex-presidente Lula pediu para assinar o projeto de reforma política do Movimento Mãos Limpas.

Fonte: O Globo

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