domingo, 24 de novembro de 2013

Brasília-DF - Denise Rothenburg

A magia do “mais”
Certa de que a geração de empregos estará segura em 2014, apesar da diferença entre setembro e outubro deste ano, a presidente Dilma Rousseff usará outros motes para a eleição. Entrará em todo e qualquer programa que ainda precisa de grandes avanços e a palavra “mais”, de forma a pregar a continuidade. Nesse quesito, entram “mais médicos”, “mais casas” (Minha Casa, Minha Vida), “mais educação (Pronatec, Ciência em Fronteiras)”.

Esse advérbio serve ainda para amortecer os dois adversários. Aécio Neves diz diariamente que é preciso “mais” eficiência e diálogo com a sociedade, com estados e municípios; e Eduardo Campos diz ser possível avançar “mais” com outros gestores. Essas quatro letrinhas serão batidas e rebatidas. Pode esperar, leitor.

Curingas I
Aloizio Mercadante ganhou outro concorrente ao papel de precursor da presidente Dilma Rousseff na reforma ministerial: o ministro de Comunicações, Paulo Bernardo. Mercadante cuidou desse serviço na última reforma, mas há um grupo que o considera impaciente demais para a função. O ministro da Educação é visto como alguém que, antes de terminar a conversa, olha para o relógio e solta um “então tá”.

Curingas II
No PT, Mercadante é citado em todas as rodas como aquele que falará por Dilma na definição dos palanques estaduais. Daí, sua presença no ato que celebrou o apoio do PSD à reeleição da presidente. Em relação à Casa Civil, entretanto, a presidente tem na manga, além de Carlos Gabas, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Nessa hipótese, Paulo Bernardo voltaria ao Planejamento, área que pilotou no governo Lula.

Eu sou você amanhã
Depois das prisões dos réus do mensalão, tem parlamentar doido para acabar com o foro privilegiado e levar tudo para a primeira instância. Assim, acreditam muitos, fica mais fácil protelar os processos envolvendo as excelências para além dos 7 anos, tempo que o Supremo Tribunal Federal levou para julgar a AP 470.

Contrabando
Entre as emendas à Medida Provisória 627, que trata de temas tributários, o líder do PMDB, Eduardo Cunha, colocou uma que isenta os bacharéis em direito do pagamento da taxa para prestar o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Se não dá para acabar com exame, vamos, pelo menos, tirar a receita da OAB.”

Convers@ de Domingo
O coordenador de Assuntos Institucionais da Frente Parlamentar de Agricultura, Nilson Leitão
(PSDB-MT), fala da greve que o setor prepara no Congresso Nacional. A ordem é não votar nada até que se resolva o imbróglio entre índios e agricultores no país. Confira no site www.correiobraziliense.com.br

Portinhola
Com a onda de denúncias sobre os tucanos em São Paulo, há quem anteveja uma guerra de acusações de lado a lado em 2014. Assim, haveria uma pequena brecha para Eduardo Campos, do PSB, sair do compartimento espremido entre PT e PSDB a que foi confinado nos últimos dias.

CURTIDAS

Não gostaram/ Muitos diplomatas brasileiros ficaram meio constrangidos com o telefonema que a presidente Dilma Rousseff fez a Michelle Bachelet para lhe parabenizar pela vitória antes do resultado final da eleição, que será decidida em segundo turno entre Bachelet, a favorita, e a ex-ministra Evelyn Matthei. Embora a assessoria da presidente tenha dito que a ligação foi pessoal, os itamaratecas consideram que não dá para separar a presidente da República da amiga numa hora dessas.

Mão Santa quer voltar/ Os senadores suspiraram aliviados ao saber que o ex-senador Mão Santa será candidato a deputado federal. Mão Santa não deixava de discursar um só dia na Casa. Se for eleito, concorrerá com o deputado Mauro Benevides em número de pronunciamentos em plenário. O irmão de Mão Santa, Francisco José Morais, será candidato a governador.

Perguntinhas I/ Os senadores Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos conversavam na sala de café da Câmara, quando, de repente, Simon perguntou ao pernambucano: “Tu, que conheces o Serra, por que ele não se engaja logo na campanha do Aécio?” “Ele vai acabar se engajando.”

Perguntinhas II/ Aí, alguém quis saber de Simon em quem ele apoiaria em 2014: “Eu estou esperando o Jarbas!”. E Jarbas retrucou

“Eu apoiarei Eduardo Campos”. Eis que Simon se saiu com esta: “Essa Câmara (referia-se ao plenário da Casa) é confusa, né? Vamos ficar aqui até tarde para votar o cancelamento simbólico da cassação do Jango…”

Fonte: Correio Braziliense

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