terça-feira, 5 de novembro de 2013

Caminho regional se bifurca

Marina Silva e Eduardo Campos não conseguem se entender sobre possíveis alianças nos Estados

BRASÍLIA -  Apesar do discurso público de sintonia, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e a ex-senadora Marina Silva (PSB) divergiram a portas fechadas sobre a estratégia regional da aliança, selada há um mês. A discordância ocorreu em um encontro há uma semana, véspera do ato em que PSB e Rede Sustentabilidade – o partido que Marina tenta criar – começaram a discutir as bases para construir um programa único das duas forças políticas.

De acordo com relatos feitos ao jornal “Folha de S.Paulo” por participantes da reunião, realizada na casa do deputado federal Walter Feldman (PSB), em São Paulo, a ex-senadora defendeu que PSB e Rede lançassem candidatos próprios e com capacidade de gerar “fato novo” em Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Campos, porém, lembrou que o PSB já vinha articulando outros caminhos nesses Estados, e que não tinha condições políticas de passar por cima de seus acordos. Segundo relatos, Campos disse a Marina que o havia encontrado “vivo” após não conseguir montar a Rede a tempo de disputar a eleição porque ele tem aliados fiéis.

Alguns dos presentes no encontro relataram que a ex-senadora disse compreender as razões do novo aliado. Ambos, então, combinaram deixar a definição sobre candidaturas nos Estados para 2014.

O principal foco de divergência diz respeito a São Paulo, onde o deputado federal Márcio França (PSB), um dos escudeiros de Campos, trabalha para que a legenda mantenha o apoio à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e, assim, ele assuma a vaga de vice na chapa.

Apesar da reação firme à proposta feita por Marina no encontro, Campos não descartou a possibilidade de mudar de rota eventualmente. A interlocutores, ele tem dito que pode precisar de França para coordenar sua campanha presidencial e diz que uma candidatura a vice no Estado, como é cogitado, o tiraria do foco nacional.

Marina tem defendido o nome de Feldman, um de seus principais aliados na montagem da Rede, como candidato em São Paulo, o que não agrada ao outro lado da aliança.

Acordo

Leso. No acerto para que Marina fosse para o PSB, as duas lideranças prometeram trabalhar para ter candidatos próprios. Porém, até agora, só em Goiás o PSB alterou a rota que trilhava.

Fonte: O Tempo (MG)

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