domingo, 3 de novembro de 2013

No Rio, disputa pelo governo inclui obras e promessa de cargos

Candidatos oferecem vagas de vice para conquistar apoio de novos partidos

Marcelo Remigio

Ainda cercada por indefinições, a corrida eleitoral para o Palácio Guanabara inclui a negociação de obras nos próximos meses e cargos em eventuais governos. Atrair aliados nos novos partidos — PROS e Solidariedade— é também um desafio para os pré-candidatos Luiz Fernando Pezão (PMDB), Lindbergh Farias (PT), Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRB). Os adversários do vice-governador Luiz Fernando Pezão procuram levar vantagem nesta queda de braço.

De olho nas alianças, eles assediam integrantes dos partidos recém-criados PROS e Solidariedade com vagas de vice nas chapas ao governo do estado. No Rio, as duas legendas foram formadas, quase majoritariamente, por descontentes com o governo Sérgio Cabral, após serem preteridos no atendimento a pedidos para seus redutos eleitorais. Obras são uma arma para Pezão e o senador Lindbergh Farias. Enquanto Pezão ataca com seu carro-chefe na vice- governadoria, o programa Bairro Novo, o petista vende as obras previstas pelo PAC-2, um dos carros-chefes da presidente Dilma Rousseff.

O programa do governo do Rio beneficiará, em sua fase inicial, 123 bairros de 19 municípios da Região Metropolitana e Baixada Fluminense. Já o governo federal publicou no último dia 24 no Diário Oficial da União investimentos em nove cidades das regiões Metropolitana, Serrana e Sul, além da Baixada.

Disputa por apoio de Cardoso
Entre os critérios de ambos os programas para a escolha dos municípios beneficiados está a densidade demográfica. Na lista está Duque de Caxias, cidade com terceiro maior colégio eleitoral fluminense e segundo maior orçamento do estado. Lindbergh leva ligeira vantagem em relação a valores sobre Pezão: serão gastos pelo PAC-2 na cidade R$ 146 milhões em obras de saneamento e pavimentação, contra obras de urbanização do Bairro Novo orçadas em 124 milhões. Tanto Pezão como Lindbergh, além de Cabral, têm dívidas de apoio político com o prefeito, Alexandre Cardoso, que deixou o PSB por declarar apoio ao candidato do PMDB, mas não fechou as portas para o amigo petista.

Lindbergh tem prometido obras e vendido o discurso de “governar para camadas mais pobres”. Em suas andanças pelo estado, o petista apresenta mapas de investimento do governo Cabral em áreas de maior poder aquisitivo, em detrimento de áreas menos favorecidas, segundo o senador. O petista ainda promove eleitoralmente o PAC-2 sem autorização oficial de seu partido, que negocia a manutenção nacional com o PMDB.

Fonte: O Globo

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