sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Painel - Vera Magalhães

Nas cordas
Geraldo Alckmin quer apressar processos de inidoneidade contra a Siemens que correm no Metrô e na CPTM, para tentar conter o desgaste causado pela acusação de que políticos do PSDB e aliados receberam propina, feita pelo ex-executivo da empresa Everton Rheinheimer. O governo paulista também deve acionar a Procuradoria-Geral da República para que apure por que o presidente do Cade, Vinícius Carvalho, não incluiu o documento no acordo de leniência feito pela Siemens.

Fio da meada Aliados do governador paulista argumentam que, se Carvalho conhecia o teor do texto, omitiu informações da investigação. O Cade, em nota, negou ter recebido o documento.

Nada feito A Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo mantém a posição de que o governo não deve incluir as outras empresas citadas como participantes do cartel na ação de ressarcimento que move contra a Siemens, como quer a Justiça.

Ao vivo O ex-presidente Lula tem pedido informações atualizadas a todos os grupos de deputados e senadores que visitaram os petistas presos pelo mensalão. Sua principal preocupação é com a saúde de José Genoino.

Às claras Com leitura contrária à do presidente da Câmara, petistas acreditam que Genoino pode ter o mandato preservado no plenário mesmo se a votação for aberta, dado seu estado físico.

Conectado Lula trabalha pela aprovação do relatório do Marco Civil da Internet do deputado Alessandro Molon (PT-RJ). O ex-presidente, que reuniu blogueiros e dirigentes petistas segunda-feira para debater o tema, vai gravar vídeo em defesa do texto.

Light Molon convenceu parte da oposição a aderir a sua proposta. O Planalto, porém, teme isolar na votação o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), e rachar a base.

Linha dura O projeto de reforma do Estatuto da Criança e do Adolescente deve ser apresentado na semana que vem com uma medida que dobra o período máximo de internação de menores infratores, de três para seis anos, em caso de crimes hediondos. O relatório será apresentado quarta-feira na Câmara.

Bomba 1 Em uma tentativa de contornar o impasse sobre o aumento dos combustíveis e evitar a implantação de uma correção periódica baseada em variáveis do mercado, integrantes do governo voltaram a discutir um reajuste "gradual" do preço da gasolina e do diesel.

Bomba 2 Um dos cenários prevê aumento imediato na casa de 5% e nova alta de até 3% em seis meses. Petrobras e Ministério da Fazenda não chegaram a um consenso, e Dilma Rousseff ouve os dois lados, mas não arbitrou.

Solto Apesar da decisão de Dilma e Guido Mantega de adiar a votação do projeto que muda o indexador das dívidas de Estados e municípios, o governo não deu uma ordem clara ao Senado para frear a matéria. Líderes governistas dizem que o projeto pode ser votado ainda este ano ou no início de 2014.

Modelo... O presidente nacional do PSDB e pré-candidato do partido à sucessão de Dilma, Aécio Neves, disse, em entrevista ao "El País", que "o governo fracassou na condução da economia, na gestão do Estado e na melhoria dos indicadores sociais".

... exportação "Quem enfrentar Dilma no segundo turno vencerá as eleições. Espero que sejamos nós", disse o tucano ao jornal espanhol.

Visita à Folha Claudio Bernardes, presidente do Secovi SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo), visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Miguel Sergio Mauad, ex-presidente e conselheiro da entidade, e de Shirley Valentin, assessora de comunicação.

Tiroteio
"Está na hora de Alckmin ter coragem de autorizar sua bancada a apurar as graves denúncias do tremsalão tucano no Estado."

DE EDINHO SILVA (PT), deputado estadual, sobre as acusações de ex-executivo da Siemens de que empresa pagou propina para políticos tucanos e aliados.

Contraponto
Bondade sazonal

Ao discursar ontem durante evento em que o governador Geraldo Alckmin anunciou desoneração a padarias do Estado, o deputado estadual tucano Orlando Morando disse que sentia saudades das "primaveras tributárias".

O secretário Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econômico) aderiu ao coro de elogios:

--O governador não faz só primaveras tributárias. Faz outonos e verões também. Só quem não gosta é o Andrea Calabi, o homem do cofre.

Fonte: Folha de S. Paulo

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