sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

"Aliança de Dilma deu o que tinha que dar"

Durante filiação da ex-ministra do STJ Eliana Calmon ao PSB, Eduardo Campos classificou a aliança que dá sustentação à presidente como "conservadora"

SALVADOR - Dois dias após trocar elogios e farpas com a presidente Dilma Rousseff (PT), o governador de Pernambuco e pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), afirmou ontem que a aliança política que dá sustentação à presidente é "conservadora" e "deu o que tinha que dar".

"Todos nós que olhamos para Brasília hoje e vemos aquela aliança que aí esta formada, olhamos nossa trajetória e temos no nosso coração e consciência uma conclusão rápida: aquela aliança já deu o que tinha que dar ao Brasil", afirmou Campos.

O governador participou em Salvador de ato de filiação ao PSB da ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon, que irá disputar uma vaga no Senado pela Bahia. Além de Eliana, participaram a ex-senadora Marina Silva e a pré-candidata do PSB ao governo da Bahia, senadora Lídice da Mata.

Durante a solenidade de filiação, em uma casa de festas da capital baiana, Campos foi saudado aos gritos de "guerreiro do Brasil" e "futuro presidente" por cerca de mil pessoas.

Presidente nacional do PSB e ex-ministro da Ciência e Tecnologia no governo Lula, Campos disse, ainda, que "as forças políticas historicamente presentes nas lutas democráticas" perderam espaço no governo Dilma para dar protagonismo ao chamado "presidencialismo de coalizão, sustentado por uma aliança conservadora".

"Presidencialismo de coalizão é a denominação dada ao arranjo institucional tipicamente brasileiro em que o presidente se elege por maioria absoluta, mas seu partido raramente obtém maioria no Congresso, tendo que organizar alianças políticas com parceiros com os quais mantém poucas afinidades ideológicas e programáticas."

Justificativa
Campos justificou a saída do PSB do governo petista argumentando que "há na sociedade desde 2011 - primeiro ano da gestão Dilma - o desejo por uma aliança mais programática e progressista, levando para o centro partidos que militam pelas transformações verdadeiras".

"O que ela (aliança de Dilma) pode oferecer ao Brasil agora é o que o país não precisa, que é recuar e jogar fora as poucas conquistas que tivemos", afirmou Campos, citando a possibilidade de retrocesso na economia, com prováveis reflexos nos índices de desemprego e de endividamento do trabalhador.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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