domingo, 1 de dezembro de 2013

Brasília-DF - Denise Rothenburg

O alvo
As investidas da oposição contra o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, têm motivos que vão além do episódio da investigação envolvendo a Siemens e o governo de São Paulo. O ministro é visto tanto pelos oposicionistas quanto pelo PT como o braço forte da presidente Dilma Rousseff no governo. Isso significa que, depois da queda de Antonio Palocci da Casa Civil, no início de 2011, foi Cardozo que passou a segurar as pontas partidárias. Afinal, durante a campanha de 2010, Cardozo dividiu a coordenação com Palocci.
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O fato de ser discreto, afável, inteligente e da área jurídica permitiu que o ministro cuidasse até aqui de várias propostas de interesse do Poder Executivo e do próprio PT sem ser incomodado. Agora, entretanto, com o caso da Siemens, ficou exposto. Mas se tem uma coisa que a presidente Dilma Rousseff não fará é entregar a cabeça de Cardozo na bandeja.

Pau que bate em Chico...
A oposição se prepara para mostrar que, até aqui, os órgãos governamentais federais pegaram um dos menores braços da Siemens do Brasil, leia-se São Paulo, para tecer suas investigações. Por aqui, a área que a empresa mais atua é a de energia, seguida de equipamentos hospitalares. Depois, vêm os trens, com destaque também para a esfera federal.

...Dá em Francisco
A ordem é pedir investigações também sobre os negócios nessas áreas, onde quem manda é o governo federal pilotado pelo PT. Estão nessa lista Eletronorte, Itaipu Binacional e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

Quem manda
O líder do PT na Câmara, José Guimarães, ameaçou afastar o deputado João Paulo Lima (PT-PE) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Tudo porque lima pretendia levar os petistas a votar contra a proposta de emenda constitucional do Orçamento Impositivo. O PT terminou apoiando a PEC, mas perdeu para a dobradinha do DEM com a bancada da Saúde, e a emenda acabou fatiada.

Convers@ de Domingo
No site www.correiobraziliense.com.br, o presidente da Comissão Mista de Orçamento, Lobão Filho, diz que o país não vai parar por eventuais atrasos na aprovação do Orçamento de 2014. Revela ainda que seu mandato à frente do colegiado vai até março do ano que vem. Como ele é suplente do pai, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, isso quer dizer que o titular não será removido com a reforma ministerial de janeiro.

CURTIDAS
Gestos
Depois de um início de mandato mais tímido, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) vai, aos poucos, saindo da toca. Dia desses, fez um discurso forte contra o voto aberto em todas as situações. Na quarta-feira, sentou-se à mesa de comando dos trabalhos, ao lado de Renan Calheiros. Há tempos não se via Jader no Olimpo do plenário.

Insolúvel
Perguntados sobre o que farão para resolver a relação truncada entre o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e o do Senado, Renan Calheiros, os peemedebistas são diretos: "Ali, nunca destruncou".

Planos
O ex-govemador de São Paulo José Serra contratou um assessor de imprensa em Brasília.

... No governo
A ordem agora é dizer que o possível para a Copa foi feito ou está em fase final. Resta aos brasileiros começar os preparativos para receber os turistas e conseguir com que os visitantes saiam daqui com vontade de voltar.

Enquanto isso...
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e seu colega do Turismo, Gastão Vieira, aproveitaram uma viagem ao Paraná para ensaiar o discurso do governo para a Copa de 2014.

Fonte: Correio Braziliense

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